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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Mundo Sufocado

Quando nos sentimos sufocados o que devemos fazer? Chorar? Gritar? Desabafar de que forma? Você já reparou na gama de situações que podem diariamente matar sua liberdade, seu direito de ser feliz e a sua capacidade de tentar construir um mundo melhor?
Talvez o grande exemplo disso seja o nosso ambiente de trabalho e também a nossa própria casa. Por muitas vezes passamos pelo sufoco de uma situação constrangedora exatamente porque nascemos para suportar outras pessoas e viver em função delas. Mas isso realmente vale a pena? Só vale, se tivermos a exata noção do sacrifício que estamos fazendo nestes dias tortos e de pessoas curtas de emoções.
Normalmente não ganhamos um aceno, um gesto ou uma palavra que indique satisfação com o desempenho que tivemos. Para o homem não é fácil conviver com críticas, ser destruído sentimentalmente todos os dias nos ambientes onde ele mais permanece é duro demais, isso é uma carga que poucas pessoas podem levar nos ombros e que muitas vezes nos instrumentalizam loucuras capazes de nos transformarem em verdadeiros monstros sociais.
Falta ao nosso espírito um pouco de leveza, de clareza, de entendimento das situações. O mundo de hoje é extremamente materialista e valoriza soluções práticas que muitas vezes parecem as mais convenientes, mas que na verdade são apenas paliativos para uma dor que não termina.
As pessoas de hoje cultivam a truculência, o ódio e a competição como formas de expressão mais do que consagradas na busca de postos mais elevados no status quo em que habitamos.
Ainda podemos vencer, porém para que isso aconteça será preciso modificar nossa atitude. Temos que criar condições para que sejamos capazes de enfrentar de peito aberto as dificuldades que as pessoas nos impõe diariamente.
Se você estiver se sentindo sufocado, pare o que está fazendo, olhe para o céu e perceba: de que vale tanto sofrimento? O mundo poderia ser bem melhor se vivêssemos numa sociedade fraterna, vamos começar a colocá-la em prática neste Natal? Só depende de nós...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Pessoas ignorantes

O que faz as pessoas ignorarem as outras nos dias de hoje? Gestos simples são esquecidos porque estamos presos a vidinha cotidiana que escolhemos para nós mesmos, perdemos a capacidade de transcender, de ir além, de sermos um pouco mais humanos que o nosso limite, de demonstrar o amor que nos moveu um dia. Mantemos a vida cotidiana sustentada por um bando de aparências vazias que nem mais queremos cultivar. Somos hipócritas.
Mas ao longo dos anos a nossa vida se acomodou com essas condições, situações e não há mais espaço para a dúvida, para o desejo de mudança. A nossa vontade foi sepultada pelo dia a dia que muitas vezes é mal vivido e celebrado como uma odisséia miraculosa, mas que não tem o poder de nos renovar.
Romper é a solução. Mudar, extravasar, dar oportunidade para sermos incisivos e verdadeiros, dar asas para nossas ilusões mais secretas, mesmo que elas nos revele uma criança que ainda mora no âmago dentro nosso coração é a saída. Ser inocente, crer no impossível, deixar aquilo que é comum de lado, muitas vezes pode fazer bem. Negar um aceno, um sorriso, um gesto que seja dos mais simples pode significar continuar concordando com um sistema que só oprime, degenera e nos torna cada dia mais imperfeitos.
A coragem não é uma virtude humana, para ser ter coragem é primordial estarmos conectados com o divino, com o imortal, com aquilo que nos formou no início dos tempos e que nos move até hoje como humanos exploradores nessa jornada infinita por este mundo.
Mas parece que as pessoas não querem mais ter coragem, elas apenas preferem continuar sendo parte de uma humanidade acomodada que se esconde em suas casas, por trás dos seus vícios e situações que consideram perfeitas; elas não refletem mais.
É o mundo dando vazão para a perversão do cotidiano. Os ousados quase nunca tem vez. O que podemos encontrar no mundo lá fora pode nos matar ou então já morremos antes por pura letargia, porém ainda não percebemos o nosso próprio fim.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Imaginação

Não imagine...
Apenas queira!
Sinta, pense e deseje
Com intensidade...

Receba, um toque!
Um doce sabor de quero mais...
Gostoso, sensual, arrebatador

Nos meus braços: o céu...
Querer é imaginar
Ter? Uma outra história.

Você quer. Você imagina.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Poema Meteorológico

A chuva está caindo porque você não quer me abraçar
A chuva está caindo porque você não quer me beijar
Ela chora lá na rua, porque você não quer me amar
Essa chuva chora surda com medo de lhe escutar

Ela chega sempre quietinha procurando me afogar
Nesse mar de amor perdido que você só faz jorrar
Desse coração batido que tem jeito destemido
Vai saindo um choro surdo, um sentimento proibido

O amor é um vendaval que nos faz devanear
Das aventuras passageiras que vivemos sem pensar
Minha vida com você é um encanto de verão
Nem a chuva mais feroz aplaca meu coração.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sentimento especial

Qual o valor de se sentir saudade? Não se sabe. Saudade não se mede, apenas se sente. Saudade cala, comove, entorpece, machuca. Saudade é como uma flor que está pronta para se abrir, sempre emprega em que espera seu nascimento alguma beleza espetacular.
A saudade nos coloca em pontos distantes, mas pertos de nós mesmos, porque ela é a verdadeira condutora das almas nos momentos mais difíceis quando o coração não quer mais pensar e apenas amar sem medidas. Pois é, a saudade é imortal, é um elixir de vida misturado com um certo bálsamo de contentamento que somente aqueles que já amaram de verdade são capazes de experimentar.
Erga as mãos para o céu se ninguém lhe impede de sentir saudade. Sinta um gosto de felicidade porque nenhuma pessoa domina sua mente e não o impede de pensar o que bem deseja, não é pecado sentir saudade e não falar nada, pecado é não sentir saudade.
A saudade complementa uma sensação de que ainda está por acontecer, daquilo que pode chegar e do mundo que vamos enfrentar. Isso mesmo, vale enfrentar o mundo para se sentir saudade, vale dizer não para quem não é duro de coração para poder se sentir saudade.
Nunca tenha vergonha de sentir saudade, não se deixe levar pelo mundo de hoje onde sentir, seja o que for, é démodé. Aliás, nunca aguçar os sentidos é sair de moda, ao contrário, sentir e especialmente sentir saudade é uma forma de lembrar que você pode ser feliz eternamente.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

III- CONTINUAÇÃO

Mas as dúvidas permanecem. Sandra chega à escola e vê um punhado de garotos e todos parecem olhar para ela, a fitar com o pensamento. Na verdade, é Sandra quem está olhando para eles, tentando descobrir quem foi o dono da rosa deixada na porta de sua casa.
A cada momento um rosto diferente passa a ser o grande autor da façanha, mas num mesmo segundo vem a sensação de insegurança que somente uma menina pode ter ou alguém que ainda está tentando se encontrar.
Entretanto, dentro de sua própria insegurança, Sandra entendia que era preciso amadurecer em todos os sentidos. Para entender o que realmente estava acontecendo com seu corpo, com seus sentimentos era preciso bem mais que uma rosa, mas várias dúzias de rosas. Pois só ali caberiam suas interrogações.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

III

Do que vale ter um amor nessa vida? Descobrí-lo na adolescência e vivê-lo intensamente? Para alguém com 16 anos amar pode parecer simples, porém é neste quesito que reside uma grande dúvida. Se entregar de que forma à essa paixão?
Não se pode viver paixões sem profundidade, sem intensidade, sem desejo de ser e ter, de estar e sentir, de correr e fugir, de chorar e rir. As paixões marcam a vida da pessoa e a preparam para um grande amor. A adolescência é a fase do aquecimento deste amor, da descoberta dessa vida que pode ser tão alucinada, quanto prazerosa.
As pessoas neste mundo, independente do tempo, estão procurando se encontrar e Sandra estava neste barco, na caravela do encontro, da busca incessante por alguém que lhe entendesse, que proporcionasse para a sua vida a sensação de dever cumprido, enfim do grande porto seguro que toda a alma busca inadvertidamente.
Como para aquele “Pequeno Príncipe” o seu mundo era a sua “Rosa”, para a menina Sandra passou a pulsar um coração dentro daquele agrado que tanto lhe deixou empolgada.
Dizem que essas são as chamas que um “bem-querer” pode dar. É assim que as almas se cruzam e se olham, se medem nos momentos mais oportunos, apesar de nosso juízo perfeito sempre insistir em afirmar o contrário.
O juízo é cego, faz questão de ignorar o coração, pede calma onde não pode e quer abafar o calor vindouro. Mas será que esse juízo consegue? Só a sua dona poderá dizer.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A rosa- Capítulo II

II
Pelas 6h30 o relógio berrou. Sandra acordou de um sono onde conheceu vários príncipes. Todos com uma rosa nas mãos e lhe dizendo juras de amor. Banho tomado, uniforme do colégio, desceu a escadaria de sua casa e já caiu na copa onde todos tomavam café.
O bom dia foi tão sonoro que Sandra acreditou por um momento que a magia da vida estava contida nas pequenas coisas. Ela estava descobrindo um mundo diferente.
- Sandra, Sandra, que alegria é essa?
A indagação do pai, um engenheiro de 48 anos, culminou com o olhar atento da mãe.
- É Sandrinha, vi você subindo ontem ao seu quarto com uma rosa, quem foi o príncipe encantado?
As bochechas estavam mais vermelhas que duas maçãs argentinas depois de polidas. O irmão que atacava uma baguete para saciar o dragão que dizia morar no seu estômago apenas riu e preferiu deixar passar o momento. No fundo, estava gostando de ver sua irmã feliz.
- Não sei, apenas vi a flor na frente de casa e a peguei. Foi algo instintivo, sei lá se foi alguém que mandou isso para mim, pode ser para o Duda!
- Se eu fosse mulher não mandaria uma rosa vermelha para um homem!
- Ah pai, quero apenas cuidar da flor. Se o príncipe quiser ele que apareça.
O dia de Sandra seria repleto de objetivos na escola. Duas provas e ainda um ensaio para a apresentação de teatro do final do mês. Mas era muito claro que o assunto com as amigas seria o presente do dia anterior.
O pai ainda sorridente ficou um pouco acabrunhado porque começou a perceber que os filhos estavam crescendo e que a vida começava a mudar. Era o tempo que implacavelmente tornava as pessoas adultas e as deixava com responsabilidades e novos sentimentos.
Uma menina como Sandra ainda não sabia muito bem o que pensar sobre um amor. Apenas estava delirante por ter sido lembrada por algum garoto que gentilmente tomou umas furadas nas mãos para lhe dar aquele botão de rosa. Mas o gesto simples de uma pessoa, conseguiu mudar a realidade de outra. O sentimento era bom, Sandra queria que seu admirador tivesse a sensação de dever cumprido.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A rosa- Capítulo I

Sandra olhou pela janela e viu que uma rosa estava na porta de sua casa. O coração acelerou, a visão ficou meio destemperada e num pulo saiu do sofá onde se dependurava para espiar a rua e caiu como uma gata, em pé, no meio da sala.
Na porta, se atrapalhou como sempre com as chaves, mas na terceira tentativa conseguiu destrancar a maldita. Para ela a epopéia de descer do sofá e correr até a porta eram como anos numa prisão, uma pena que nunca terminava.
Abaixada viu aquele “Príncipe Negro” em forma de botão jogado em sua porta. O tomou pelas mãos, deu aquela tradicional passada pelo nariz para sentir o aroma da flor e depois correu para a cozinha para colocá-la na água. Pensou até em deixá-la na sala, mas seu pai poderia achar muito exibicionismo de sua parte e correu para o quarto, antes que Duda, seu irmão mais velho chegasse da faculdade.
Sandra procurou na sua “gaveta da bagunça” a agenda com o telefone das amigas, afinal precisa contar a novidade. Usou e abusou do MSN, do Twitter e do Orkut e tome foto na internet! Era uma menina de 16 anos contando para todos que havia recebido sua primeira rosa.
- Isso, uma rosa linda. Jogada por ali, bem ali..., toda na minha porta. Só pode ser pra mim, afinal mulher não dá rosa para homem, né, Marina?
Com os pés na parede e olhando as estrelinhas que ficavam penduradas em seu teto, Sandra falou com Marina, sua fiel escudeira sobre como era ganhar uma rosa. Marina, sempre com seu ar de intelectualidade disse para Sandra tomar cuidado com as coisas do coração. De certa forma, aos 16 anos e meio, Marina sabia o que falava, afinal de contas já tinha passado por alguma experiência deste tipo.
Mas a euforia de Sandra impedia que qualquer conselho lhe entrasse na cabeça. A rosa era um troféu, algum menino estava apaixonado por ela. Marina também disse que poderia ser uma menina, mas Sandra reiterou que seu negócio era realmente os meninos.
- Marina, num rola com mulher. Não sou como a Juliana, ela gosta a gente respeita.
Aos 16 anos ainda é preciso estudar, concluir a última série do ensino médio. Mas naquela tarde e noite, quando o sol começa a namorar com a lua, era impossível que Sandra se debruçasse sobre os livros. Ela só tinha atenção para a sua rosa.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A menina que sempre quis

Uma parte de mim quer você, a outra não sei, tem ciúme do meu querer. O egoísmo que mora em meu coração não me permite ir além do que vejo, do que sinto e do que imagino que possa ser esse amor para nós dois. Sei que você tem se esforçado, tentado, buscado de alguma forma ser a minha garota, a menina que sempre quis, mas minhas limitações estão impedindo que o meu mundo seja igual ao seu.
A mulher de sorriso suave, mas de postura firme, era uma menina frágil e insegura, porém suas atitudes as vezes me assustaram, porque simplesmente não nos cabe dizer o que somos nesta vida, afinal simplesmente estamos neste plano, num mundo que muitas vezes usa da crueldade para igualar as pessoas, porém nem sempre consegue, ainda resta a esperança para que possamos fazer nosso arco-íris ser ainda mais colorido.
A minha maior viagem é quando seguro em tua mão. Quando sinto o seu cheiro, tenho o seu beijo me abençoando, afinal quando estamos sozinhos nessa noite tão infinita basta apenas um carinho seu e tudo está resolvido. Foi com essa mulher sempre sonhei, com ela todos os dias, a todos os momentos, porque sei que do seu âmago brotam os momentos mais açucarados que posso ter.
Não estou preocupado com a eleição, com o debate, com a vida. Estou apenas preocupado em saber o que você realmente está pensando. Quero saber o que este coração está debatendo neste momento. Não fique longe de mim, nossos corpos jamais poderão se afastar, por mais que você queira, estamos unidos para sempre, assim como o dia que namora a noite, um amor improvável, impossível, mas doce e que precisa de muita luz para continuar brilhando.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Samba de uma nota só

O meu samba tem apenas uma só batida, toca-se somente com uma nota e repete-se a letra a todo o momento. O meu samba desce pela avenida com a mesma harmonia dos carnavais passados, porque o enredo sempre é escolhido a dedo e não pode ser interpretado por qualquer um.
O meu samba tem o ritmo certo, a cadência perfeita e cai bem em qualquer folião que tente brincar no reinado de Momo. O meu samba tem pierrô, tem colombina, mestre-sala e porta-bandeira, tem bateria, ala das baianas, fantasias, alegorias e carros com todo o tipo de enfeite.
O meu samba tem uma comissão de frente que se auto-explica, que mostra exatamente do que estou falando, porque no meu samba a letra é sempre fácil para que todos possam cantar.
O meu samba empolga o povão nas arquibancadas porque recorda o que já foi bom, mas não esquece de que o melhor está por vir, foi um rio que passou em minha vida, mas outros ribeirões hão de vir.
O meu samba faz da imaginação de um carnavalesco um palco perfeito para se exaltar qualquer idéia. O meu samba não é grande, não é cumprido, não é atravessado e muito menos injusto, o meu samba é na batida perfeita de qualquer coração. O meu samba simplesmente é você...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O medo não pode vencer...

Os seres humanos tem medo. Esse sentimento tão presente em nossas vidas sempre aparece quando estamos diante de algo novo, quando podemos nos superar na vida. O medo é uma espécie de ausência de luz, um retorno à insegurança pueril, mas perfeitamente compreensível entre as pessoas. Todos temos medo de alguma coisa ou de uma situação que poderia ser melhor aproveitada.
Entretanto, é preciso sempre tomar cuidado. O zelo pelo medo pode ser responsável pelo nascimento de um monstro dentro de nosso coração: o do comodismo. Se queremos algo, mas temos medo, em muitas vezes preferimos escolher perpetuar nosso sentimento mais fácil de lidar, do que encontrar uma alternativa para ganharmos essa batalha.
O medo é covarde, se apossa de nós quando estamos vulneráveis, sem ninguém para nos estender a mão. Isso mesmo, uma mão amiga é capaz de afastar todo o tipo de medo, seja de que tamanho for o monstro, ele sempre é demolido pelo carinho, pelo respeito, pelo amor e por tudo aquilo que é sempre feito com prazer e dedicação.
O homem não pode ser uma soma de medos e sim de virtudes das mais belas, aquelas que enobrecem nossa alma e nos fazem mais corajosos para encarar o hoje e aguardar com alegria o amanhã.
Os que buscam superar suas próprias barreiras são bem-aventurados, afinal correm contra uma maré de sofrimento que se impregnou no mundo em função dessa sociedade de cobranças que foi montada através dos séculos. O ser humano tentando sempre superar o seu semelhante, quando, na verdade, ele deveria ver o que um coração bonito pode lhe confiar quando lhe coloca um sorriso no rosto, não tenha medo do outro, do semelhante. Pense nisso...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Carícias

É assim que sou um Imbranato. Um atrapalhado que te ama, mas que qualquer coisa na vida. Desculpa, se eu falo sempre baixo e devagar, mas é assim que sou, um embaraçado que sempre tenta fazer a melhor coisa, porém acaba escolhendo a situação mais atordoada.
Como você está realmente? Eu falo sempre pouco, nunca fui de muitas palavras, as mais doces são as que agradam mais, entretanto destas eu quase nunca provei, porque o meu amor nunca foi tão compreendido como deveria ou como penso que teria de ser.
Sempre a via chorando pelos cantos, emocionada, sem saber muito bem o que pensar, nestes momentos queria chegar perto para poder lhe dar consolo, mas a coragem nunca deixou que eu tomasse esta atitude. Eu lhe via sempre fechada, distante, uma pessoa que lutava contra muitos fantasmas. Alguns deles me assustavam bastante.
As mudanças são sempre lentas, apesar das revoluções da história trocarem reis, rainhas e governantes rapidamente, contudo as mudanças da alma tendem sempre a precisar da cura que só o tempo pode oferecer, como num passe de mágica que somente os hiatos de minutos, horas, meses e anos podem entender, destrinchar e compreender.
As mãos que se cruzam hoje, os amantes que seremos amanhã, o homem e a mulher que vemos no espelho são apenas a expressão do infinito céu de possibilidades que esta vida nos permite. A gente pode e deve ser feliz, sem medo do hoje, viver o agora é o bastante, sentir o momento é o ideal, ter prazer de se colar uma boca na outra é o bastante, é o amor que transforma, que muda. Não sei o que pode ser do amanhã, não sei o que posso ver depois, o que vejo apenas é sua silueta me acariciando o rosto e esta visão é muito boa.

sábado, 18 de setembro de 2010

Quer se doar?

Um filme que assisti neste sábado no HBO mostrou o que são as decisões, especialmente quando se tratam sobre viver e morrer. Uma menina doente que prefere morrer para libertar sua família de um fardo pesado demais que é a sua própria doença e uma mãe que de todas as formas age para não entregar os pontos, porque para ela perder a vida da filha é perder a própria vida.
A mãe passou a viver na filha, a filha passou a viver na irmã, que foi um bebê de proveta nascido para doar todo o tipo de linfócito, cordão umbilical e até mesmo um rim para tentar salvar a irmã, porém a discussão neste momento recai sobre a ética do que homem pode ou não pode fazer com seu futuro, com sua vida. O homem pode sim, inclusive, escolher morrer. Mas o homem não deve brincar com a vida alheia.
A menina que morreu de uma leucemia raríssima escolheu viver no pensamento de sua família e dizia sabiamente que uma outra vida lhe aguardava num outro lugar, uma luz a esperava junto com o seu namorado que também tinha partido para essa jornada especial vítima da mesma doença.
Enquanto viveu, a menina doente sugou, mesmo sem querer, a vida da sua família, mas o que dizer da própria mãe? Uma mãe jamais quererá ver um filho partindo, é como diz o adágio: uma mãe nunca deve enterrar seu próprio filho, por mais que ali esteja apenas o seu corpo, já que o seu espírito está tão longe que nem podemos imaginar onde ele se encontra.
A lição que deveríamos tirar dessa nossa vida pacata e muitas vezes letárgica é que nos acomodamos como o administrador que depois usou da esperteza para ficar bem com seu patrão, como disse Jesus, “não se pode servir a dois senhores”.
Confesso que em muitos momentos sou fraco e não sei a qual senhor devo servir, para que mundo devo olhar, para quem devo recorrer, mas isso não é porque Deus não está aqui, Deus está em todos os lugares, Deus é um sentimento e uma realidade, Deus é um toque, um pensamento positivo, uma vida que se refaz, um sim dito com toda a força para o mundo. Esse é o verdadeiro Deus que não castiga, mas apenas nos ama.
Aqueles que ficam neste mundo por pouco tempo deixam-nos exemplos que são importantes demais para passarem desapercebidos por nossas vistas. No caso daquela família que perdeu sua primogênita com tanta rapidez ficou o exemplo da caridade da meninota doente que soube se doar em favor da sua própria família. Se nas drogas existe o tal “barato”, podemos dizer que a “doação” pelos outros é um barato que nos dá mais força ainda, algo que vicia, mas que é bem difícil de se praticar.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A luz que te ilumina

Uma luz voltou a cintilar. Como numa ressurreição a vida se renovou. Eis que as coisas são novas, todas elas. O amor foi renovado pelo doce toque de duas pessoas que tinham se esquecido que molhar bolacha no mesmo leite faz tão bem.
Não foi sorte e muito menos acaso, mas sim a imprevisibilidade admirável da Criação que nos colocou novamente face a face para vermos sim, e em espelho, não de maneira confusa, mas com muita clareza que é possível que um barco navegue por águas tranqüilas.
Dois olhares doces foram novamente “encaixados”, os espíritos se irmanaram no baile desta vida que milagrosamente não se cansa de surpreender as pessoas com seus enredos mais complexos e bem trabalhados que aqueles que vemos anualmente na Sapucaí.
No nosso carnaval sempre teve “Um rio que passou em nossa vida”, porém tínhamos deixado aquela emoção para trás e preferimos a tristeza do esquecimento e do desencontro. Quem errou? Isso não importa, quem sem ama não caça culpados, mas acolhe perdoados, como o pai que deu casa para seu filho pródigo que estava morto e voltou a viver.
As pessoas não são más, não são tacanhas, as pessoas são boas, estamos rodeados do bem se quisermos viver assim e se lutarmos para que essa corrente de bondade se espalhe para aqueles que convivem conosco e para que isso seja ainda melhor foi ótimo reencontrar uma mão tão acolhedora e doce, um perfume diferente, todavia um olhar meigo e acalentador.
É da vida sermos apaixonados pelos momentos que menos esperamos e certamente, aquilo que vivi neste 13 de setembro foi mais do que inesperado, porque superou todas as expectativas.
Rever alguém que faz parte do teu passado mais doce e açucarado e saber (tomara!) que esse alguém vai ficar com você agora com mais vida e com mais esperança é para causar euforia em quem já viu muitas coisas nestas vida. Hoje, 13/09 do ano da Graça de 2010, um anjo disse amém e eu só posso dizer: obrigado. Estou aqui para o que você precisar. Afinal, a luz que te ilumina clareia o espaço que te rodeia. Assinado: o Profeta EU.

sábado, 11 de setembro de 2010

O 11 de setembro e a religião de cada um...

Até não ter religião é uma religião, por mais paradoxal que isso possa parecer
. Eu tenho a minha religião, sou católico praticante, e me sinto bem com isso e com a minha fé. Porém, não tenho o menor interesse em discriminar quem tem outra fé e a professa na esperança de trazer paz ao mundo.

Religião não é guerra, já foi e muitas vezes, deixou de ser religião para se transformar em disputa política, o que afastou tremendamente a humanidade de Deus por infinitas ocasiões.

No fatídico 11 de setembro, a civilização ocidental e oriental precisa fazer uma reflexão para tentar compreender o que estamos fazendo com Deus nesse mundo de hoje. Deus, como disse São João, é amor. Jesus professou o amor, pregou esse amor aos inimigos, vejam isso, amor para quem não gostamos. De que adianta amar quem queremos bem? Amar desse jeito é fácil.

Mas o projeto de Jesus é pedir que amemos quem odiamos, uma idiossincrasia para qualquer pessoa destes tempos modernos e dos tempos antigos, porque o homem é treinado desde o seu nascimento para odiar seu inimigo. É a sociedade que o educou assim e o quer assim para mover a roda do sistema.

Quem acredita no bem e na verdade, deve procurar com seus gestos, palavras e atitudes mostrar que uma realidade de amor é possível e perfeitamente realizável. Uma vida nova, seja em qualquer religião cristã ou não, afinal ninguém disse que Deus se manifesta apenas nas religiões cristãs? Deus está no coração de quem pratica o bem, a bondade, que vê o igual em seu semelhante, afinal quando morremos e nos transportamos para outro mundo (isso para quem acredita nessa tese) somos igualados, mesmo que nesta terra tenhamos níveis sociais muito diferentes.

É difícil conviver com quem consideramos inferior ou superior a nós mesmos, mas este é o desafio da nossa vida. Façamos do 11 de setembro um dia para a reflexão do que estamos fazendo e qual o nosso papel neste mundo.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O novo 7 de setembro do povo brasileiro

A festa da independência é um símbolo do novo Brasil. Um país que se reergueu depois de anos subserviente ao FMI e agora como um dos credores do fundo. As transformações brasileiras na área econômica nos projetam para a quinta economia mundial em pouco tempo, hoje somos a oitava.

O Brasil é respeitado internacionalmente como nunca se viu antes, atua mediando conflitos, tem opinião própria sobre qualquer assunto, sem precisar se curvar aos dizeres da Casa Branca.

Entretanto, o que mais incomoda a direita reacionária e golpista é que o país tirou 27 milhões de pessoas da classe D e criou uma vasta classe C, a nova classe média brasileira que sabe separar projetos e que tem o poder de compra maior do que as classes A e B somadas, ou seja, o brasileiro agora passou a enxergar que pode ser alguém, ter um projeto, um futuro.

Hoje, o Brasil não está curvado a sanha de quem quer que seja, somos uma nação com estima, orgulho próprio e isso incomoda gente que apoiou a ditadura, chamada ditabranda por alguns jornaiszinhos de quinta categoria e que só sabem apontar para onde está o seu interesse econômico.

Vemos novamente aquela corjinha que perdeu o poder tentando se agigantar e dizer que o país precisa voltar para trás, entretanto, o povo sabe que o desenvolvimento só é conseguido com justiça social, pois se apenas a economia cresce, não existe espaço para o fortalecimento do ser humano.

Muitos que morrem de dor de cotovelo do Brasil que atualmente cresce, são aqueles que defenderam o regime de força dos anos 60 e 70 e se criaram com seus meios de comunicação em troca de proteção ao governo militar, o maior câncer que este país já viu.

Dizem que nosso Brasil é uma república sindical, para eles, desenvolvimento e inclusão social é sindicalismo. São pessoas tão pequenas, de vocação tão pobre, de espírito mundano que sequer devem achar que o 7 de setembro é importante. Aqui não discutimos o “grito do Ipiranga” ou quem foi Dom Pedro I, queremos discutir o futuro do Brasil, o país que era do futuro; porque se tornou independente e acima de tudo o país do hoje, do presente. Parabéns ao povo brasileiro!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Você não sabe nada

Escrever para lhe contar da minha vida nunca foi uma vontade. Ao contrário, sempre procurei fugir deste momento porque não sabia realmente o que dizer, mas acho que é inevitável enfrentá-lo, por isso como um capitão que afunda com sua nau resolvi bater de frente com meus sentimentos.
Não é fácil para quem passou todo esse tempo ao seu lado ouvir que simplesmente não dá mais, que tudo acabou, que a vida mudou e que agora somos o time de uma pessoa só, pois estávamos acostumados a jogar juntos e invariavelmente vencíamos.
Ainda não sei o que fiz, se errei ou se acertei demais para te perder, a surrealidade das palavras que você disse cravaram no meu coração um punhal poderoso que ainda não foi e acredito que nunca será retirado. Passarei um tempo sofrendo, dizendo que não serei mais o mesmo, que a vida perdeu o sentido.
Pode ficar tranqüila que não cometerei nenhuma besteira que chegue aos seus ouvidos, mas certamente precisarei atravessar um deserto em minha alma para transpor essa nossa relação. O que fizemos? Apenas vivemos, nos demos um ao outro sem cobranças e preconceitos, nos aceitamos, nos amamos a perder de vista e fomos o casal mais feliz do mundo em nossa intimidade.
Falar que acabou e que tudo não passou de um grande engano mostra apenas que você ainda não parou e raciocinou o tamanho da mudança que sua alma terá de fazer. Aliás, você é péssima em momentos de reinvenção, lhe falta originalidade.
Um amor que é amor pode ser quebrado que não se espatifa, nunca fica em cacos, ao contrário, se transforma numa liga ainda mais indestrutível e forte, capaz de ser a base de sustentação de toda uma vida, isso mesmo, porque os amores podem ser eternos, pois duram o tempo que for necessário se a vivência de cada um for honesta com o seu par.
Não gostaria apenas de lhe falar que o seu ponto final em nós significa um mal necessário a mim e talvez um bem necessário para você, porque para mim isso não é verdade. Nós somos únicos, unidos por alma, por ser, por pensamentos e convicções, somos ainda mais perfeitos quando enfrentamos essas turbulências.
É assim, desabafando, que mostro a você toda a minha indignação, mas sofrerei calado porque, pois quem está com razão, como você diz que está, não entende nada das batidas do coração. Frieza e lógica não combinam com amor.

domingo, 29 de agosto de 2010

Por águas mais tranqüilas...

Passei pelo menos 13 anos da minha vida na Igreja São Judas Tadeu onde conheci os bons amigos que tenho hoje e outros que estão guardados na lembrança e no coração. A saída do nosso grupo da São Judas em 2007 foi traumática, pois deixei um pedaço do meu coração naquela igreja, toda a vez que passo de carro em frente ao templo as lembranças boas vem à minha cabeça. Seder, festas, missas, o Luiz falando “medíocre” e o vaca do César....
Foi ali que descobri a vida, a beleza das pessoas e também que temos seres humanos que podem ser considerados desprezíveis, mas esses faço questão de esquecer.
O introdutório falando sobre a São Judas é para recordar que um trabalho não nasce do nada. Ele vem da dedicação das pessoas, como diz uma música que o meu amigo Leandro Chiquetano me apresentou, “não quero mais acordar e ver tudo do mesmo jeito”.
E não é que a letra estava correta? Hoje não vejo as coisas da mesma forma. Aprendi, inclusive, a respeitar mais as pessoas, especialmente depois de discutir bobamente com uma irmã de grupo, foi uma infantilidade. Da São Judas fomos para a Nossa Senhora de Fátima, acabamos sendo recebidos de braços abertos pela comunidade. Uma nova vida, como diz a música “Mãe do Novo Homem”.
É evidente que em qualquer paróquia existem as tribulações, mas na Nossa Senhora de Fátima, a calmaria é sempre mais apreciada pelas pessoas e isto modificou o nosso espírito. Certamente ficamos mais leves e descobrimos que podemos fazer deste mundo um espaço bem mais aconchegante.
Neste domingo, 29, ganhei da paróquia a “investidura” de Ministro da Sagrada Comunhão. Não é nada demais, apenas uma outra etapa do trabalho, mas confesso que prefiro ficar com os meus amigos no canto, porém quero encarar essa etapa com seriedade e respeito para honrar inclusive os amigos do grupo, pois se chamaram a mim e a minha esposa, chamaram também o nosso grupo.
Senti uma responsabilidade gigantesca em transportar o Senhor para Dá-Lo como alimento para as pessoas. Foi uma forma diferente de partilhar o milagre de Jesus que se transforma em cada consagração em nossos corações. Ele estava bem na minha frente, fiquei me achando indigno de levá-Lo. Mas como dizem as parábolas bíblicas, Deus quer sempre os doentes, loucos, atordoados e degredados e certamente estou neste barco.
Hoje, 29 de agosto do ano da graça de 2010, quando lindamente o Palmeiras depenou o Atlético em Minas Gerais, gostaria de dizer que pretendo ser uma pessoa melhor e peço a ajuda de todos, pois não será fácil, contudo tenho certeza de que juntos podemos ser um, assim como Jesus é Um com o Pai. Assim é a nossa vida!

sábado, 28 de agosto de 2010

Sussurros....

Não se pode medir o que se sente por uma pessoa pela distância. A lonjura nada mais é que a interrupção de uma festa que recomeçará. Se hoje estou indo, amanhã estou voltando para novamente repousar em seu colo, porque todo mundo quer descobrir onde está o seu ovo de Colombo. O seu ninho...
Só posso dar graças por você existir, senão ficaria só, sem um porto para atracar. Seria um imenso deserto o meu pensamento e um vale tenebroso o meu coração. O regresso é um renascimento, a nova chance que se apresenta, as mãos se atam novamente, os corpos se unem e o pensamento entra na mesma sintonia de nossos espíritos. Falam de amor, do bem que nós nos fazemos.
Única como és, você pode ser imensa quando quer justamente porque não sabe negar um abraço, um carinho, um olhar reconfortante. Nem precisa falar, pra quê? Apenas o teu sorriso doce já mostra que nada pode superar essa beleza fascinante que eu havia esquecido.
No exílio pensei que ficaria preso aquela corrente que me segurava e aquele pensamento que me cegava, sugava minhas energias e não possibilitava a calmaria que tanto desejava. Mas no seu mar eu sou o capitão, dirijo o vento do hoje e projeto o cruzeiro de amanhã, porque posso lhe convidar para ver o por do sol no fim da tarde e acordar com seu nascer todos os dias. No seu planeta eu estou tranqüilo, seguro...
Para ser mais feliz que isso, a vida poderia ser eterna, como serão eternos os nossos sentimentos, as nossas brincadeiras, as nossas verdades, porque aquilo que vem do bem pode ser solto e desaparecer, mas se amar de verdade certamente regressará à sua origem. Hoje estou aqui, no seu colo. Êta coisa boa!

Baseado na música: http://www.youtube.com/watch?v=kL_uItHQJyU

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O bem que você me faz...

Se você não me vê, não é porque eu sumi. Estou aqui no mesmo lugar, na hora de sempre, com aqueles velhos problemas e quase nenhuma solução.
Somos feitos da imperfeição que nos destrói vagarosamente e permite que fiquemos sempre acomodados esperando que especialmente os anseios que temos mais ocultos sejam atendidos prontamente.
Para o desespero que neste momento já é um trago num copo como um velho uísque caubói a ansiedade substitui a liberdade que deveria nos prender. Lamento por isso...
Podemos falar o que bem quisermos, ninguém nos impede, por isso queria abrir de uma forma pausada o meu coração e lhe pedir alguns minutos para me ouvir.
Não existe um toque mais doce que o seu, uma mão mais macia que a sua, um perfume tão marcante como o que você usa, porque qualquer coisa lhe cai bem, afinal a sua alma é que lhe impõe uma beleza desproporcional aos seres humanos, é candura e ternura demais para apenas uma mulher deste nosso planeta e nem de Atenas você é, senão poderia estar na canção do Chico.
É isso que me fascina. A mulher que você é. Os seus exemplos, a sua dignidade, são essas as maiores provas de que um amor não tira férias jamais, o amor sempre trabalha, não sossega nunca, é inquietante e ao mesmo tempo uma calmaria.
O espetáculo de ser um privilegiado e beijar os seus lábios representa um triunfo dos mais altos, como uma escalada ao Monte Everest, neste caso, o cume de suas emoções.
A mulher que você é, já é o bastante para um século de homens que deveriam te admirar transcedentalmente, porque somos todos incapazes de compreender, o que realmente importa para uma dama que com seu toque carinhoso transforma o que era treva numa grande luz. Você faz bem ao meu espírito.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O homem não é uma ilha

Quando um pai de família é brutalmente assassinado apenas porque esbarrou num retrovisor de outro motorista ou quando 19 estudantes simplesmente são feitos reféns por um garoto de 13 anos numa república é porque algo está errado com nossa sociedade.
Vivemos um momento de extrema crise de valores, valores que são exatamente ligados ao dom da vida, a sua preciosidade, importância e por isso vemos que é hora de reflexão.
O que a família deste homem assassinado brutalmente por alguém que não se sabe de onde veio e para onde foi deve estar pensando? É impossível imaginar o tamanha da barbárie em que se deu o crime, é algo que transcende qualquer padrão. O ser humano não vale mais nada. Nem nos tempos das cavernas éramos tão covardes e egoístas para agirmos desta forma. Nada, nenhuma forma de pagamento financeiro, prisão, julgamento ou linchamento público fará com que essa família tenha a vida que lhe foi retirada devolvida. Acabou, é possível pensar nisso? É o fim.
A dor pode até passar, mas no futuro sempre ficará a imagem de um momento de completa insanidade de um ser humano. Isso é profundamente triste e nos coloca pontos para a reflexão.
Podemos falar dos estudantes assaltados numa festa em Araraquara. Foram 19, de uma só vez, com um menor como chefe da quadrilha. A idiossincrasia é gigantesca nesta situação, porque um menor deveria estar nutrindo sonhos, querer a faculdade, ter esperanças e não conviver no crime, na marginalidade, mas isso é fruto de um processo de desconstrução do Estado e de suas políticas públicas voltadas para a criança e o adolescente.
A dívida social que temos é um verdadeiro abismo, apesar de todos os esforços dos últimos anos, faz muito tempo que o Estado não pensa que sua função é planejar boas condições de vida para as pessoas. O Estado está paralisado, como se estivesse vegetando numa cama de hospital.
O que não podemos mais aceitar é a apatia social e o individualismo reinante diante deste tipo de questão. A sociedade do EU é a responsável pelo fim da solidariedade em larga escala, hoje vemos gotas aqui e ali, mas o sentimento das pessoas é o de covardia absoluta, não lutamos mais!
A verdade deste mundo está escondida no coração das pessoas, mesmo para quem não acredita nas emoções ou no Sagrado, vale lembrar que o homem não é, nunca foi e nunca será uma ilha.

sábado, 7 de agosto de 2010

Melissa, a flor da amizade!

As amizades são como as flores do campo: lindas, perfumadas, mesmo que morram jamais acabam. O que é verdadeiro no coração das pessoas permanece imaculado porque simplesmente é uma parte da vida que foi dedicada não em vão a alguém, mas sim para fortalecer um valor mais do que importante: ser amigo.[lm]
Nada nessa vida é tão importante quanto ser amigo, afinal o amigo é aquele que dá o ombro, abre os braços, enxerga facilidade onde só se tem dificuldade e arruma solução para qualquer situação por pior que ela possa parecer. Esses são os verdadeiros amigos.
Os amigos se amam sem cobranças, mesmo que fiquem distantes por muitíssimo tempo, sempre podem se reencontrar e nestes momentos acontece uma festa tão grande que parece que os anos a fio que se passaram não são nada, são somente um breve hiato de cinco minutos.
Uma amizade verdadeira é um bálsamo doce que cai em nossas feridas somente para curar a angústia e a dor nas situações mais difíceis pelas quais passamos. O amigo é como o vento, chega de repente e com apenas um olhar é capaz de entender o que seu companheiro precisa. Muitas vezes, um amigo não fala, mas também não precisa, ele apenas estende sua mão, dá o seu peito, abre a sua alma para que o outro possa penetrar em sua fortaleza de sentimentos e se renovar na mais pura água da liberdade que está em nosso coração. É como se fôssemos batizados novamente.
Assim são os amigos, assim é a nossa vida, eles vem e vão, sofrem e caem, se erguem e prosseguem. Até que no dia do grande reencontro estarão lá de braços abertos nos esperando, colocando sua casa à nossa disposição, sendo mais uma vez o estrado para os nossos pés. Como é bom ter amigos!
• Em homenagem à minha amiga Melissa de Aquino que num 6 de outubro de 2008 deixou este mundo mais pobre e foi se encontrar com o Pai.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O tudo de uma mulher

Bate um coração aqui não sei se com a mesma força de antes, mas ele insiste porque acredita que não chegamos ao fim. Ele sabe que não poderia terminar assim: um tchau e mais nada. A vida não é isso, me falou esse coração na madrugada que passou e eu apenas concordei.
Não pode ser um simples “tchau e mais nada” e depois outro sumiço seu, meses sem nenhuma notícia e uma volta triunfal. Ao contrário, tem que ser carinhoso, com vontade, desejo e acima de tudo cumplicidade e honestidade.
A vida castiga quem ama errado e nós já erramos demais durante todo este tempo. Fingíamos estar juntos quando sempre estivemos separados por um mar de diferenças que nos tornou as pessoas mais insensíveis deste planeta.
Aliás, o nosso planeta é pequeno, deserto e cor de rosa. Sim, cor de rosa. Ele não é cinza porque nós nos enganamos com uma relação vazia baseada em mentiras ensaiadas que sempre interpretamos um para o outro. Isso mesmo, somos bons atores, candidatos ao Emmy ou ao Oscar ou ao Kikito de Gramado.
Você presa no seu templo, no seu mundo, nas suas tarefas e eu na minha vida mesquinha e intransponível. Sempre me comportei como uma verdadeira barreira para a nossa evolução porque temia o novo, tinha desespero em saber o que você poderia me oferecer, para dizer a verdade nua e crua: fui um covarde, um descabeçado. Deixei de perceber que sua beleza morava na sua irresponsabilidade e que sua imprevisibilidade era a marca mais importante de sua personalidade.
Apenas olhei para a sua beleza, para a aparência, queria o seu corpo apenas e não o seu espírito e você sempre me oferecendo alternativas das mais diversas para a minha vida, porém não movi um milímetro do lugar onde estava ancorado, no porto da minha inexpugnável prepotência. Fui um otário.
Sei que não posso modificar uma trajetória toda torta e remendada que não posso rebobinar este filme como num antigo VHS, isso é impossível. Não terei outra chance de sanar minha dívida com sua personalidade, confesso que isso me aterrorizará por todos os meus dias a fio.
Nem vou dizer que queria acertar, pois estaria sendo hipócrita, afinal de contas acertar consiste em querer o melhor para os dois e eu sempre pensei em mim antes de mais nada, nunca fui de jogar em grupo.
Vendo no espelho desta vida aquilo que planejamos para os nossos dias fica exposto o erro maior de nossa ignorância: eu nunca fui procurar você e nunca quis saber de você.
Do alto de minha arrogância desço do meu pedestal apenas para lhe render uma singela homenagem e deixar essas flores sobre a sua morada eterna. Jamais serei o mesmo homem e sempre fui o “tudo” de uma mulher e tanto.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Frio

O frio que bate na minha janela é um sinal de que é preciso fazer uma grande reflexão. O gelo da temperatura mostra que estamos no momento do ano em que podemos nos renovar silenciosamente, sem que ninguém perceba para que desabrochemos vivamente na primavera.
O vento nos traz um exame de consciência: o que fiz de bom e o que fiz de ruim nesse ano? Será que estou sendo aquilo que as pessoas esperavam de mim? Na verdade, ser o que as pessoas esperavam de você é o que menos importa, entretanto entender que os dias mais frios do ano são fundamentais para nossa renovação espiritual é fundamental.
O momento da introspecção do inverno serve para rememorarmos os grandes lances deste caleidoscópio chamado vida. Temos que sepultar nestes dias aquilo que não deu certo, é hora da renovação, da vida que será gestada, do amor que está sendo feito, da concepção.
O inverno nos permite projetos, sonhos, objetivos, impregna em nós este senso de mudança que é determinante para nossos novos passos neste ano, por isso, não deixe que o inverno passe e você não promova nenhuma mudança em si mesmo.
O reinventar da vida é simples, não tem segredo, nem é esnobe e muito menos desesperado. Ele é suave, um bálsamo para a alma, como um beijo sereno e demorado. Não se esqueça que a vida pede sempre uma renovação anual, um momento só seu que beneficiará a outros no futuro, porque uma pessoa de idéias novas pode ter solidariedade de forma abundante.
Não tenha medo, caminhe sobre as águas de sua fé, porque o homem é senhor de sua vida, de sua história, e precisa fazer seu momento com ternura e amor.

Provocação

Existe mal em ser feliz? É claro que não. Ser feliz é estar em paz com sua consciência e descobrir que as cores do mundo são mais vivas do que pensamos. É deixar para trás os problemas do cotidiano para nos propormos à uma nova vida.
A felicidade é sinônimo de novidade quando exatamente ainda consegue nos surpreender justamente no momento em que menos esperamos. A surpresa pode ser por algo antigo e que para outros não tem sentido, mas que para nós significa muito, afinal de contas ser feliz não é como tomar um refrigerante na lanchonete em dia de calor para se refrescar, ao contrário, ser feliz é uma completude tão gostosa que eleva nosso espírito.
Não adianta nos preocuparmos com as pessoas que são infelizes se nós mesmos não descobrimos porque raios não somos felizes ou mais felizes. Quem não é feliz adoece mais fácil, não vive, pena neste mundo, pois não tem coragem de tocar a bola para a frente e fica se remoendo com uma situação que passou.
Uma morte? Uma perda, uma separação? De fato, isso é doloroso, dilacera, carcome nossa mente e nossa alma, porém não devemos permitir que essas forças destrutivas continuem nos consumindo, pois no futuro quando outros precisarem de nossa mão estendida certamente não poderemos oferecê-la.
Temos que seguir no caminho de pedras, mesmo que caíamos e levantemos, ainda que demoremos para isso, mas não existe motivo para que nos privemos da felicidade somente porque queremos sofrer. Isso mesmo, as vezes nós humanos queremos sofrer, gostamos e nos acustamos a essa dor tão profunda que parece nunca terminar, mas que aniquila diariamente nossa vida.
A felicidade está do nosso lado, basta querê-la, mesmo para quem tem apenas um suspiro de vida é possível ser feliz, afinal a lógica do mundo não é a mesma da dos homens, mas apenas uma peça provocadora que a todo momento está nos provando. Ela não pode nos vencer.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Acolhida

Quem acolhe o amor abre uma janela para a alma porque as explicações para um coração que ama não são terrenas, mas divinas. O coração tem que bater forte quando se ama, é preciso tremer a perna, ficar com as mãos suadas, sentir a garganta secar e se você já for maduro, certamente se sentirá como uma criança novamente.
Amar é transcender, sem ter porque, para que explicar? Amar, é não frear mais o carro numa descida, deixa que bate..., É ver a explicação onde ela não se dá, porque o coração não precisa de motivos e nem de razão, o coração tem suas vontades próprias, seus caprichos sinceros e marotos.
O coração é amigo do olhar, pois é no olhar que entregamos o que nosso coração está pensando. Tentamos esconder, movemos montanhas para não transparecer, mas o nosso olhar sempre nos entrega, é como água que desce de um morro para formar um lago, nada segura.
Se você ainda não sentiu essa loucura que é amar é porque justamente não está preparado para dar mais um passo importante na sua vida. Amar é insegurança plena, é desnorteamento total, uma cabeça que fica confusa 24 horas por dia, porém é de um gosto impagável passar por tudo isso.
Somente ama aquele que entende as dificuldades deste sentimento tão nobre, profundo e poderoso que é capaz de aproximar almas tão diferentes e torná-las apenas uma num momento mágico que fica marcado para sempre no tempo.
Dispor-se ao amor é um treinamento que lhe permite entender melhor como se deve lidar com esse sentimento mais valioso que o ouro ou qualquer outra riqueza humana. Ame, não cobre nada do seu par, apenas o ame, com todas as forças vivas do universo que estão no seu coração. Se nenhuma mancha ficar lhe apoquentando é porque sua alma está definitivamente preparada para viver um grande amor. Depois de tudo isso será uma grande festa o que vier no futuro. Puxa, como isso é bom...!
Acolhida

Celeiros

Os homens são estranhos. Fazem da política uma arte de enganar as pessoas, usam dos subterfúgios mais sórdidos para simplesmente levarem a cabo os seus projetos mirabolantes que sempre terminam no esperado, no aumento de poder.
Estamos brigando pelo poder desde a descoberta do fogo porque justamente neste momento percebemos que o mais forte pode prevalecer sobre o mais fraco. É assim que a humanidade se construiu ao longo dos séculos, algo que deveria ser vergonhoso, mas que na verdade enche de orgulho a quase todas as pessoas.
A humanidade se mete em guerras, confrontos, disputas porque os homens não são capazes de se entenderem pela única linguagem que conhecemos: a do amor. A parábola do agricultor que constrói celeiros cada vez maiores para guardar sua colheita, mas que perde tudo na mesma noite, pois é chamado por Deus para outra vida é o mais fiel retrato do que vemos hoje no mundo.
O acúmulo de dinheiro, a somatória de poder e a formação de conglomerados perigosos que controlam nações e governos dão a exata faceta de que as ideologias se perderam, deram lugar para o desejo por dinheiro, aliado ao aumento da força de destruição de quem se opõe a esse sistema.
Está cada vez mais difícil tentar viver com dignidade afinal lutamos contra uma máquina engenhosa que tem o apoio dos mais poderosos. Neste lugar os simples não tem vez, ao contrário, são desprezados como se fossem a pior espécie de ser humano já produzido pelo mundo.
É a humanidade que se atraca, lutando apenas para poder tripudiar seu próprio semelhante porque é exatamente assim que o sistema quer, esmagando quem for contra sua sanha e sua ira para ter mais, ser mais e esmagar cada vez mais as pessoas.
Somos todos desafiados a lutar contra isso, mas será que queremos? Essa resposta só nosso coração poderá dar.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sinais

O que são os teus sinais? São os sentimentos que você não mostra já há algum tempo? Ou sua face arrogante que simplesmente lhe cai tão bem nestes momentos de indecisão? Não queria que tudo se resolvesse assim, que as marcas nunca se fechassem, que o tempo nunca se recuperasse. O tempo caiu em sua própria armadilha, insistiu em não passar, em se congelar, em apenas se traduzir na personificação de suas próprias idéias.
Eu fique lhe esperando, mas você insiste sempre em me ignorar, sempre em achar que estou nas suas mãos e que tenho que responder aos seus chamados no momento em que você quer. Acorde! O mundo já não é mais assim, as pessoas não podem ser brinquedos umas das outras, os sentimentos não são mercadorias que compramos numa gôndola de supermercado.
Os sentimentos nascem de nossas aspirações mais nobres, daquilo que somos mais puros em nossa essência, mas será que você tem essência? Seu sentimento parece sempre o da revanche, da discórdia, da derrota, não seria o momento de se reinventar?
Na minha vida já não existe mais espaço para você, a pessoa velha, mas sim para quem pretende ter uma vida nova, um recomeço, um novo respiro, mas será que você pode me oferecer isso?
Estamos num momento crucial: o do reencontro. Ainda percebo que suas manias são as mesmas, preciso ver suas mudanças para poder lhe dar um voto de confiança. Isso só depende de você, dos sonhos que mais almejamos, aqueles que conseguimos são sempre os mais difíceis, pois do nada sempre nasce o tudo, da tragédia sempre brota a esperança.

sábado, 10 de julho de 2010

http://tinyurl.com/2djkdeb
http://www.youtube.com/watch?v=1y7popBnOc8

O rebelde

Nos dias atuais ter o exemplo de marido em casa é algo que pode ser considerada uma verdadeira façanha, especialmente quando falamos de um casal de professores aposentados. Sabe aqueles velhinhos que você olha para carinha deles e simplesmente pensa: “Puxa, poderiam ser meus avós!?!”

Pois é, os nossos avós neste caso são Leonildo e Divina. Já passaram da casa dos 70, mas esbanjam uma vitalidade que muito meninote de 25 custa para envergar no peito.

Os dois moram em Botucatu, cidade quase pacata do interior de São Paulo, cortada pela imponente SP 300, a rodovia Marechal Cândido Rondon. Leonildo, professor aposentado é daqueles senhores que gosta de bater papo com todo mundo, seus filhos costumam dizer que ele “fala mais que o homem da cobra”, mas é assim mesmo, professor mudo não pode ensinar nada para ninguém, né não?

Já Divina é uma mulher, digamos, de personalidade forte, opiniões contundentes, às vezes são bem reacionárias, assustam as pessoas, mas de uma hora para outra esses seus devaneios se transformam em comunistas, um verdadeiro “samba do crioulo doido” que deixa qualquer um assustado e perguntando: “Mas essa é a Divina que a gente conhece?”

Leonildo não gosta muito de levar Divina para a cidade, depois de anos morando na zona urbana de Botucatu, Leonildo como um marido exemplar, resolveu atender os pedidos da esposa e foi morar na chacrinha que comprou no Recreio Vista Alegre. Aliás, não existe um nome mais bonito para um condomínio de chácaras do que Vista e ainda por cima Alegre...

Morando em contato com a natureza, a vida de Leonildo mudou um bocadinho, pois quando estava na cidade era sempre apto para um bom papo na praça com os amigos, no banco ou mesmo na loja do filho onde muitos conhecidos sempre procuravam as mais diversas soluções no setor da informática. Leonildo, mesmo sem cargo, era uma espécie de “gerente de relações públicas”, afinal sempre que podia (e ele podia bastante) estava na loja ou perambulando pela região para bater um papo com seus conterrâneos.
- Divina, vou até a cidade, venho para o almoço.

E lá se vai Leonildo montado no seu cavalo branco, como um príncipe encantado, como dizia sua esposa, para mais uma epopéia para chegar até a cidade. O duro é que às vezes a bóia ficava na mesa e Leonildo não vinha no horário certo, o que deixava sua mulher sacrossantamente irritada.

Divina se referia às idas de Leonildo para a cidade como epopéias porque o doce aposentado sempre tinha que cruzar a Marechal Rondon por pouco mais de 2 quilomêtros para desembocar no perímetro urbano de sua cidade.

Com seu indefectível Ray Ban, ao melhor estilo motorista da Viação Cometa, Leonildo passava diariamente pela SP 300 e fazia sempre o mesmo comentário: “Esse guarda que fica na base dorme o dia todo!”

O olhar de lince de professor sempre captava a figura do guarda que estava mirando para o infinito enquanto ele cortava a pista. Leonildo que já morava em sua chácara há mais de 10 anos nunca havia sido parado numa dessas fiscalizações de rotinas e duvidava que isso iria acontecer.

Mas o diabo em tudo é que a primeira vez é realmente como aquele ditado: você jamais se esquece.

O cenário é à noite, lua clara, estrelas no céu, Leonildo e Divina voltando com seu bravo Fiat Palio para mais uma feliz noite no não menos feliz Recreio Vista Alegre. Habituado a dormir cedo, Leonildo segurava o sono na raça e vinha conversando sobre a vida, os filhos, a igreja onde são ministros da eucaristia e o genro, um mal humorado dos diabos que acabou se engraçando com a filhinha querida deles.

- Ah, é um mal humorado esse meu genro!
- É Leonildo, o bicho é encrenqueiro, boca dura e às vezes fala umas coisas que me assusta, mas nossa filha gosta dele!
- Tá louco, essa menina poderia ter escolhido outro. Com tanto partido bom por aí...
- Opa, Leonildo! O guarda está dando luz para você. É isso mesmo. Olha, piscou de novo! Você terá que encostar!

Encostar? O quê? Foram frações de segundos: o rosto do pacato Leonildo, o marido perfeito, o avô que você queria para os seus netos se transformou no Belzebu chupando duas mangas.

- Por que vou parar?
- Tá louco, homem de Deus! Para, logo! É fiscalização! É rápido.
- Parar nada, ninguém para neste lugar!

O pensamento de Leonildo foi longe. A coragem encheu seu peito, justo ele que prefere pagar uma conta duas vezes ao invés de entrar numa pendenga, ele que sempre procura o caminho da reconciliação, estava tendo o seu “Dia de Fúria”, o seu dia de Michael Douglas. Só faltou a espingarda...

Ao observar a luz do patrulheiro rodoviário mandando que encostasse para uma fiscalização, Leonildo numa manobra mais do que ousada subiu no canteiro central da estrada e resolveu voltar para a cidade. O guarda ao observar o Palio atravessando o canteiro da Rondon que já estava quase deserta naquela hora derrubou até a lanterna no chão.

Divina segurava o terço que estava no retrovisor do carro de Leonildo e invocava toda a milícia celeste naquele momento de rara tensão e ousadia do marido, afinal ele estava enfrentando o Estado, a Força Pública, a Lei, oras bolas, a Polícia!

Rapidamente, o guarda rodoviário retomou a lanterna, deu uma nova focada e viu o Palio se esforçando para ganhar mão contrária à da base. Como um raio, ele entrou na viatura cortou pela passagem exclusiva dos policiais e saiu em perseguição a Leonildo e sua esposa.

Em pouco tempo, Aureliano estava na cola do casal e a sirene comendo quente. Divina insistia que Leonildo parasse, mas ele acelerou ainda mais, era o seu momento de mostrar que também podia protestar contra a falha fiscalização da estrada, contra as cochiladas de outros patrulheiros quando ele passava por ali em suas manhãs de idas ao centro de Botucatu.

Mas a prudência pedia: Leonildo resolveu encostar. Eram as preces de Divina sendo atendidas. Graças a Deus! Aureliano grudou atrás do Pálio, ascendeu o refletor, tirou a arma do coldre e caminhou até o carro.

Quando Iluminou o lugar a sua curiosidade se transformou em susto:

- Professor Leonildo? O senhor por aqui? Que história é essa de fugir da polícia?
- Fujo mesmo! E você, Aureliano, aprendeu onde fica o norte, o sul, o leste e o oeste para ser Polícia Rodoviária? Era ruim que dói na escola, dava até medo! E agora quer me dar lição de moral, vai te catar!
- Olha, professor! Num fala isso, aquela prova em que o senhor me deu zero foi injustiça, eu disse ao senhor que tive uma gripe daquelas!
- Gripe? Que gripe, nada! Me contaram que no dia anterior você tava naquele inferninho, o Raio de Sol, que ficava lá em cima, perto da Vila Maria, por isso que não sabia nada, não tinha estudado!
- Ô professor, o caso aqui é o senhor fugindo da polícia, não importa em que inferninho eu fiquei naquela prova, depois passei de ano, na pendura, mas passei.
- O senhor sabia que eu já tava pronto para furar o pneu do seu carro com um tiro? Por que fugiu de mim? Eu sou a lei!

Franzindo a testa, Leonildo simplesmente retrucou com raiva:

- Lei? Mas que lei você representa? A lei do sono? Toda vez que passo aqui tem um guarda dormindo, bocejando, até jogando mini-game eu já vi! E quando tem jogo, então? Os caras pulam quando sai gol!

Anotando a chapa e lavrando a multa, Aureliano disse que faria Leonildo pagar apenas por excesso de velocidade, que não iria considerar o desacato em nome dos velhos tempos, mas que precisaria da assinatura de Leonildo no bloco de multas.

- Eu não assino nada! Aqui só tem pedágio caro! Agora, colocaram um entre São Manoel e Botucatu. Que vergonha!

De soslaio, o patrulheiro ofereceu o bloco para Divina que balançando a cabeça disse que não poderia desrespeitar o marido. Casal unido é multado unido.

Aureliano rasgou a multa do bloco, jogou no colo de Leonildo e disse um boa noite daqueles, tipo: “Vai pra casa e não me cause mais problemas!”

Leonildo resolveu fazer o retorno e enquanto chegava em casa para finalizar mais um dia, acabou ouvindo de sua amada e quase infalível esposa:

- Pois é marido, para tanta coisa você é pacato. O que deu em você agora para enfrentar até a polícia!

A carequinha de Leonildo ficou tão vermelha quanto pimenta malagueta, o semblante da fuga de momentos antes voltou à sua face e na lata ele respondeu:

- Estava vivendo intensamente! Recordando meus tempos da militância de esquerda!

No outro dia, Leonildo passou novamente em frente à base. Quem dormia no posto de vigia desta vez? Não dava para ver, a persiana estava abaixada. A Polícia Rodoviária é prudente.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

À menina que me conquistou

Aí está você, a mesma menina que me conquistou, que me pediu colo, que chorou no meu ombro, que roubou meu coração. Essa é você, um pedaço de mim que está perdido em qualquer canto do paraíso onde jamais colocarei meus pés porque o destino não quer que nos encontremos.

O destino nos separa. Uma vida nos afasta, dois corações se ferem, sangram, agonizam pela vida. Não conseguem bater ao mesmo tempo, estão sempre descompassados porque cada um vive o amor no seu ritmo. Eles só se entendem na distância, na escuridão da noite, quando estamos recolhidos em nossos pensamentos mais profundos.

É no meu travesseiro que penso em você. É no meu aconchego que sinto você. É todo dia, toda noite, toda hora, a qualquer momento. É a lembrança gostosa de tudo que se foi, aquela bala que está em nossa boca pertinho do fim, mas que a gente quer que jamais termine. O nosso amor é assim, sempre perto do fim, porque o fim é emocionante e sempre será o primeiro passo para o recomeço.

Você nunca quer o que eu quero, afinal é simplesmente assim que nossa paixão ardente faz morada. São nessas contradições perigosas que só mesmo nossa vida é capaz de nos proporcionar que ganho forças para tentar entender o porque estamos sempre nos conectando, nos batendo, nos encontrando.

O nosso encontro é um vendaval, um terremoto de sensações, uma explosão de sonhos, porém é nesse universo abstrato que me encontro para poder viver como quero, para enfim nascer no mundo que idealizei, para começar a ter a forma de prosseguir nessa caminhada da maneira mais simples e importante que escolhi para mim.

Somos assim: um no outro, separados por nós mesmos, e unidos por nossos sonhos. Somos de vidas diferente, de corações unidos, de palavras rápidas, de olhares longos, de carinhos confusos, elogios rasgados e de amor incalculável. Isso mesmo, somos deste jeito, um turbilhão de emoções, um vendaval, a minha mão grudada na tua, olhando para os teus olhos e sentindo o brilho da lua. Eu sou assim: sozinho.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Quem não gosta da Copa, fica quieto e se toca!

Até rimou. Ou não é verdade? O título do texto ficou surpreendente na minha modesta opinião. Não dá para chamar de mariquinha quem não gosta de futebol, até porque elas batem um bolão não é de hoje e chamar homem de mariquinha numa cidade que levou 50 mil pessoas para a Parada LGBT soa a homofobia, certo?[lm]

O fato é que pretendo apenas dizer que é uma pena ver a Copa do Mundo acabar, aliás, é pior ainda não ver o Brasil não levar o título, diante de times com um jogo tão abaixo das nossas expectativas.

Entretanto, o tema aqui não é o Brasil, mas sim gostar de futebol e da Copa do Mundo. Muitos têm o sagrado direito de não gostar, mas é piegas, para não dizer démodé achar que a paixão do brasileiro é mais “patriótica” em dia de jogo da seleção. O brasileiro é um patriota nato e vaia até um minuto de silêncio como bem disse Nelson Rodrigues, e a Seleção é sim a “Pátria de Chuteiras”.

Na verdade quem nunca jogou o bom e velho esporte bretão tem essa mania de dizer que o futebol é chato, que a Copa é uma lavagem cerebral e que não agüenta mais tanta gente falando deste torneio e que graças a Deus está acabando essa famigerada orgia da Fifa. Nossa Senhora, quando vejo este tipo de coisa fico pensando o seguinte: será que essas pessoas não conseguem entender a importância do futebol como negócio no mundo de hoje, ele gera empregos, paga polpudos salários para os astros (azar de quem não conseguiu ser um deles) e infelizmente para os chorões está arraigado no ventre social de diversas nações e com mais força no Brasil, o maior campeão de todos os tempos.

Um episódio vale ser contado. Certa vez, nos anos 70 quando Pinochet era ditador no Chile ocorria uma partida do campeonato daquele país quando a certa altura o governo apagou as luzes do estádio. Todo mundo inconscientemente começou a gritar “liberdade”, isso durante um jogo de futebol, numa das mais sangrentas ditaduras da América do Sul. Este esporte é fantástico, não? Onde mais o povo enfrentaria o poder senão num estádio?

O fato é que temos inúmeros episódios de comoção com a boa e velha Jabulani rolando, mas os xaropes de plantão que preferem programas universitários de música coreana (sem ofensa aos coreanos, mas a música de lá deve ser bem ruim comparada a nossa MPB), insistem em chamar o futebol de “ópio do povo”, num jargão que nem mais os comunistas (que ainda) existem proferem.

Isto é um reflexo da infame ditadura militar no Brasil que espertamente se apropriou do futebol nos anos 60 e 70 para se popularizar entre o povo. O “Pra Frente Brasil” virou lema contra a ditadura. Entretanto, estes mesmos que hoje metem o pau no futebol não conhecem a saborosa história do Centro Acadêmico da USP nos anos 70.

Pois bem, jogavam Brasil x Tchecoeslováquia (país comunista da cortina de ferro). Petras, marca um a zero para os tchecos, a torcida comunista vibra, apesar de Petras comemorar com um sinal da cruz o gol para protestar contra o ateísmo do regime de Tito.

Os uspianos diziam que estavam torcendo contra o Brasil, pois aquele time era do presidente Médici, da repressão, da alienação, enfim, da ditadura. Muito bem, não é que quando o Brasil empatou era comunista pulando e gritando pra todo o lado dizendo que era gol e GOL da Seleção. Ali não tinha política, tinha simplesmente o futebol, um momento de prazer, como uma relação sexual das mais desejadas, um momento mágico de felicidade, um pedaço daquele bolo gostoso que só a nossa mãe sabe fazer.

É por essas e por outras que quem fica falando que não gosta de futebol, que odeia a Copa e etc pode estar no seu direito de ser do contra, mas bem que essas pessoas poderiam ser do contra de bico fechado. É preciso respeitar quem gosta da Copa e do futebol, neste caso, a maioria e em regimes democráticos à vontade da maioria manda. Que venha 2014, pois já estou sonhando com a Jabulani rolando por aqui!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Eterna em mim

Eu sou apenas você. Sou o que você foi, porque você me completou durante toda uma vida, uma história que se passou, como um rio que se encontra no mar, como uma boca que beija a outra. Nos misturamos, como tintas diferentes para sermos apenas uma cor, a cor do nosso amor, a cor da nossa vida, da nossa história.

Quando você partiu a dor tomou o seu lugar. Ficou pingando, aos poucos, encheu uma lata, duas, três, era, o meu choro, virou água se fundiu com a saudade que tinha de você. Era difícil entender porque você sumiu, foi tudo aos poucos. A medida em que os anos passam, as pessoas somem, a vida acaba.

O que vem depois do fim? Vem a dor de quem fica, a dor que dilacera, mas que ao mesmo tempo acalma e nos ensina que a vida é uma árvore que tem um tempo para produzir seus frutos. Nós somos esses frutos, nos misturamos com outros quando caímos no chão, buscamos nossos pares. Quando encontramos temos a certeza de que viveremos ao seu lado por um longo tempo.

Mas o tempo não é longo, o tempo é curto. Qualquer período é curto para o amor. Pode ser um século, um milênio, uma era, ele sempre será pequeno demais, afinal o amor é eterno.

O amor perpassa a eternidade do tempo, destrói as amarras da vida e vai até o paraíso buscar quem nos deixou. Só o amor lhe traz de volta todas as noites para a beira da minha cama, para alisar o meu cabelo, segurar a minha mão, beijar os meus lábios.

O amor é imortal, o tempo não se conforma com isso, e assim controla a humanidade e lhe causa muita dor por isso. Como mais um na humanidade sinto diariamente essa dor, porque o tempo é mais forte do que eu, mas bem mais fraco que o que nos une.

Choro porque sou mortal. Vivo neste mundo porque o eterno há de chegar, mas continue sendo o bálsamo de todas as noites, o perfume das novas primaveras que virão, o orvalho dos outonos e os ventos cortantes de qualquer inverno, pois o que a tristeza ainda não conseguiu destruir é a exatidão de saber que sua alma é eterna em mim.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A minha sorte

Entrou em minha vida. A perfumou, passou sua mão por meus cabelos. Sorriu. Andou de um lado para o outro, me olhou, mexeu a sobrancelha e sentou-se em minha frente.

As mãos sedosas seguram as minhas. Estão nervosas, tremem, pulam, suam. Ficam geladas, aguardam por algumas palavras. Não as têm. Chora. Corre de um lado para o outro novamente. Argumenta. Tenta me convencer, sem resultado.

Quer mais? Ainda procura uma nova história, acha que pode me convencer. Não, isso já foi há muito tempo. Nem as suas sedosas mãos conseguiam me demover. Era o fim. Frio, sentado, apenas a fitava, reparava em seu nervosismo.

Já havia dito antes que nada poderia ser feito. Somos diferentes. Mas as diferenças não se atraem? Neste caso? Com certeza, não. Atração não causa choro, dor, sofrimento. Atração dá prazer, cumplicidade, carinho, amizade.

Ela não aceita. Ergue os braços, bate as mãos, esbraveja, diz que fará o possível. Retruco. São várias promessas, digo que são as mesmas, nunca mudam. Seus olhos se entristecem. Passa a mão pelos cabelos sedosos, enxuga uma lágrima fujona, olha no espelho.

Ainda argumenta que pode mudar, que pode tentar de outras formas. Já são quase meia-hora de palavras, de gestos, de mudanças de humor, enfim, de uma mulher temperamental usando de todas as suas armas de destruição em massa. Ataque pesado.

É assim. Foi assim, será assim. As pessoas se completam, se unem, se atestam, se medem. Elas se olham, às vezes de muito perto. Ela me olhou assim, frontalmente, numa rajada poderosíssima. Seus olhos são lindos, cor de céu, armas que jamais devem ser encaradas frontalmente, quase cedo, mal sabe ela, que aguardo ansiosamente a próxima tentativa. Ela ainda não lê pensamentos. Sorte a minha...

Paz interior

Você já acordou com uma sensação de vazio? Com a certeza de que os dias acabaram ou que você já fez aquilo que estava fazendo hoje mais uma vez? Já acordou pensando que sua vida é uma grande trilha que fica se repetindo? Eu, já.

Por mais de uma vez acordei achando que os dias que estão passando lentamente nada mais são que reflexos de uma dimensão, não sei de onde....
De alguma coisa que já fizemos, vivemos ou que já fomos.

Não somos reencarnados. Isso é bobagem! Somos pessoas que vivem uma vida, que tem chances, oportunidades para fazer alguma coisa, para realizar, para construir pontes entre as pessoas, para amar. Mas o que fazemos? Implodimos nossas construções justamente porque o material que usamos para atar esses laços são fracos, frouxos e normalmente nunca são dos mais sinceros.

O que é verdadeiro a geada não mata, o que é mentiroso, a maldade esconde, até o traveste de bom, somente para lhe enganar. Ser mal é fácil, muitas vezes é gostoso, dá prazer. Mas ser verdadeiro, andar pela luz, proteger a diversidade e a fragilidade é uma opção de escolha dolorida que nem sempre nos agrada, que nunca nos seduz.

Somos uma luz forte quando praticamos a maldade, porque ela se regozija na propaganda de que fazemos dos nossos atos, mas nos vemos como uma lamparina pequena se optamos pelos caminhos pedregosos da bondade. É difícil saber onde depositar a semente, onde o terreno será bom. Nunca é fácil cultivar o que nos agrada, o que nos produz satisfação imediata sempre é mais cobiçado.

Notadamente, somos usados, somos instrumentos, vivemos para isso. Para através de nossas vidas construirmos o mundo de hoje, podemos ser luz, calmaria, bálsamo, tranqüilidade, um vento de paz num ambiente atribulado.

Quase sempre escolhemos ser guerra, embate, tragédia. É assim, a humanidade destrutiva que se esmera para ser cada vez mais poderosa nestes dias em que a onda é amar pontualmente, como se o amor fosse um sentimento efêmero. Se é efêmero, fatalmente não é amor, pois ele não termina nunca, é bem querer eterno, paz interior...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O mundo de hoje

O mundo está cheio de gentinha. Isso mesmo! Gentinha, aqueles que são o extrato do quase nada, do egoísmo, do ranço, do estelionato. Essa classe pode ser bem representada pelos políticos, os que tentam levar vantagem em qualquer coisa, sobre qualquer um e a qualquer preço.

São as pessoas que caminham com a maldade no mundo, as pessoas que fazem parte do lado negro e que procuram desrespeitar os semelhantes simplesmente para levar vantagem a qualquer custo.

É esse tipo de gente que tem muitas vezes detém os meios de produção, que se impõe na base da força, que dão os péssimos exemplos para as gerações que estão por vir. O Brasil fica repleto deste tipo de pessoa em período eleitoral. São aqueles “facilitadores da esperança”, eles usam a população para simplesmente tentarem ganhar o voto das pessoas, aquilo que lhes é mais sagrado numa democracia, gente baixa, mesquinha, escusa, podre.

Em nossa região temos políticos deste tipo, que fazem mal para o mundo de hoje, que simplesmente são favoráveis as piores condições de vida para o povo porque justamente são nestes momentos que eles tiram vantagem das pessoas. Reflitam sobre isso: essa gente usa a fragilidade, a miséria humana para sempre procurar enriquecer cada vez mais.

Eles não querem o poder pelo poder. Eles querem o poder para enriquecer, são locupletadores do erário público, bandidos na acepção da palavra, quadrilheiros de plantão, pilhadores dos cofres públicos. Pessoas que deveriam mofar, apodrecer e ficar simplesmente no ostracismo da sociedade. Mas que enganam as pessoas. Estamos num momento de muito cuidado.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

São Carlos: autoridades não ligam para caçambas

O nosso querido portal co-irmão, São Carlos Dia e Noite, do amigo Jotinha Ribeiro noticiou nesta manhã de sexta-feira, 4, de junho, um terrível acidente envolvendo um motoqueiro que bateu numa caçamba no Planalto Paraíso, sendo que o rapaz está internado na Santa Casa de Misericórdia. Que lastimável, não? Para não dizer vergonhoso demais sermos obrigados a dar uma notícia como essas...[lm]
É por demais a incompetência da Prefeitura Municipal em não conseguir disciplinar o serviço de caçambas na cidade. A que foi motivo de acidente ontem era completamente fora dos padrões da lei municipal em vigência. Mas quem liga? Pelo jeito, ninguém. Uma pena, pois veremos ainda mais acidentes e eventuais mortes ocorrerem especialmente com os motoqueiros maiores vítimas desse potencial assassino imóvel e silencioso.
Está mais do que na hora dos vereadores da Câmara Municipal tomarem uma postura sobre este assunto. Onde está o Ministério Público que tanto cobra a Prefeitura por coisas, muitas vezes sem motivo, e que desta vez parece que não se atentou, com todo o respeito, para essa trágica situação?
É momento das pessoas refletirem para que não tenhamos demais tragédias, pois uma batida numa caçamba para quem pilota uma motocicleta quando não é fatal, termina em internação com feridos graves.
São Carlos tem fiscalização para esse tipo de serviço? Se tem, nós nunca vimos. Temos diversas secretarias: habitação, serviços públicos, obras, trânsito e transporte e etc, mas cadê a fiscalização para as caçambas? Quem terá a coragem de responder e pagar pelo atendimento deste motoqueiro que bateu numa caçamba na noite passada?
A Prefeitura e seu corpo de secretários afeita a este assunto não fica indignada com este tipo fato? Eu, como editor do São Carlos em Rede, noticio há mais de 1 anos caçambas completamente sem condições de serem utilizadas para depósito de entulho nas ruas e sempre venho dizendo que mais hora, menos hora um novo acidente aconteceria, pois bem, agora já é fato e as autoridades? Ficarão esperando o que? Uma nova morte? Isso já passou do limite da vergonha.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Palavras da madruga: 1h02min

São quase uma da manhã, os olhos estão cansados, as mãos não acompanham o pensamento. As idéias se digladiam na cabeça numa junção de casos, fatos e inconveniências formidáveis que estão me colocando frente a frente com você. Crueldade pura, alta e vigorosa, como um golpe de boxer que me atinge o queixo.

Não queria este confronto com meu passado, temia por ele há um bom tempo, perdi o encanto pelo que fiz solenemente depois que não encontrei mais apoio de suas mãos sobre as minhas, elas eram firmes, me encorajavam e traziam um norte para aquilo que muitas vezes tive medo de adivinhar, porque já sabia a resposta.

Eu sei, posso dizer, mas não quero responder. É uma situação delicada conhecer uma resposta e nunca poder colocá-la para fora em nossa vida. Permanecer calado é um dom, uma virtude que somente os abençoados por Deus conseguem nestes tempos em que vivemos a famigerada “Era da Informação”.

Muitos querem saber de tudo, são zelosos demais, tiram minha concentração porque justamente se perdem quando precisam argumentar o básico que se resume nesta pergunta: você está contente consigo mesmo? Tem aberto os olhos diariamente com felicidade e repousado os mesmos com a sensação de dever cumprido?

Falando por mim, posso dizer que eu não estou contente comigo mesmo. Quero mais. Porém não confunda o mais que estou buscando. Não é o mais de se ter algo a mais. Na verdade, quero correr atrás do final do arco-íris, do pote de ouro, da utopia, de cara para o vento sem ter ninguém para me segurar ou impedir que eu possa sonhar.

Não me pergunto mais se posso fazer isso. Digo que simplesmente quero fazer. Entretanto, a vida que é a mais ingrata das dádivas de Deus, porque o homem pensa que a controla com seu egoísmo barato e desmedido, não passa de uma pequena porção de tudo que somos em nossa essência, mas que não conseguimos acabar.

Os homens já estavam vivos antes da invenção dos sentimentos. Foram eles que descobriram a tristeza e todos os seus significados e conseqüências. Os homens são capazes de coisas indescritíveis, pois fundamentalmente em suas mãos corre o destino de um turbilhão de emoções que são incontroláveis.
Sem poder controlar este caleidoscópio, o homem passa ser um grande camaleão que brinca de gato e rato com a verdade, quando neste caso, ele não passa de uma presa fácil, um rato, sem ter para onde correr. É o fim...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

QUARTEL?

Por que a USP não negocia com os estudantes que ocupam o prédio da coordenadoria da universidade em São Carlos? Por que essa postura, no mínimo, arrogante? Que sejam abertas as negociações entre as partes.

MILAGRES!

Realmente vivemos uma época de milagres. A Portuguesa e o Corinthians lideram as séries B e A do Brasileirão, respectivamente. Carlos Martins e Rosoé Donato, ferrenhos torcedores lusitanos tiraram a camisa do armário (eu disse, a camisa!), e um certo torcedor corintiano residente no longínquo Douradinho tá que não se cabe...como diria Milton Leite: "EU VOU 'SE' CONSAGRAR!"

MALDADE

O prefeito Oswaldo Barba adora uma banda, se for larga, então, melhor ainda!

MUDANÇAS

Logo, logo, teremos mudanças partidárias de vereadores da Câmara Municipal e também de ex-vereadores. Será o corre-corre pra se garantir. Tudo em prol de 2012.

DEPOIS...

Daí quando cobram os caras sobre o AME, eles vem com o papo de dar o prédio do Paço Municipal...oras...

MEDO

Por que o PSDB não manda verbas para São Carlos? Tantas cidades e São Carlos fora...

sexta-feira, 28 de maio de 2010

ASPIRAÇÕES

Dizem que um homem precisa de aspirações. O apóstolo Paulo profetizou que quando o homem aspira às coisas mais altas, o amor é um caminho inevitável e que ultrapassa a todos. Realmente, o apóstolo dos gentios estava certo.

Aspirar é o que move a vida do homem, o coloca em sintonia com sua auto-estima, com o seu semelhante, lhe dá desafios e o faz pensar em que mundo está vivendo.

Mas o que quero, o que desejo, é pouco, para dizer a verdade, o mínimo. Deve pretender o mínimo o ser humano que pretende buscar o tudo, despojar-se do “mais querer” para se ter um “bem querer” e evitar o inevitável para poder se reinventar diariamente.

Faz tempo que aquele que quer mais, sempre é exigido em mais, mas aquele que pede pouco é atendido em muito. Do pouco nunca sai à ganância de se ter o mais, porque o mais destrói o que existe de bom nas pessoas. Aparências são vestes da alma enganada.

A vida é muito curta para valorizarmos grandes conquistas e esquecermos os mínimo, o básico, aquilo que é realmente importante, o rio que corta a nossa aldeia, o menor deles.

Perdemos o tempo com mediocridades, coisas que jamais serão relevantes, apenas para dizer: eu fiz. Mas será que isso vale a pena? Não. O que vale nas horas de calmaria, de sossego, de aconchego, são as menores mãos, aquilo que é pequeno, que nos molda e que fica na memória. Para muitos, se contentar com pouco é um dilema mais que surreal, porém nesta vida, somos convidados para o caminho da santidade, para alguns o do nirvana, para outros a felicidade astral e tenha certeza, para se chegar nestes lugares é preciso ser pequeno e cada vez menos ambicioso.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

GANHA?

O que ele ganha com este conflito com o pessoal da Prefeitura?

BOBAGEM

Lineu Navarro errou a dose em sua crítica ao secretário de transportes, Nilson Carneiro. Lineu que é ótimo vereador não pode e não deve agir tanto com o fígado, mas sim com a massa cinzenta.

UM DIA, UM ADEUS...

De alguma forma, em algum momento, a política local foi séria...

VAI ENCARAR?

Dizem na cidade que se o PT resolveu colocar outdoor na praça tem que ser pra encarar mesmo. Vamos ver no que vai dar...

NADA A VER...

O PT não mordou a isca no outdoor, apenas a degustou.

TROLHA

Dizem que a Polícia Federal estourará uma MEGA operação na região e que muitos políticos malacões irão rodar. É aguardar pra ver...

terça-feira, 25 de maio de 2010

FALTA MACHO

Se tiver algum hipócrita contra a medida, por favor, desafie-me...!

APOIAMOS

Dizem que a Prefeitura quer endurecer com os irresponsáveis que não cuidam de terrenos na cidade e deixam a dengue e animais peçonhentos proliferarem. NÓS APOIAMOS INTEGRALMENTE ESSA IDÉIA! PARABÉNS, PREFEITO BARBA!

SEM REINO

Teria o Rei deixado para trás essa história de Castelo?

POR QUE?

Por que o diretor da Cetesb, Fernando Rei, não estava presente na inauguração da agência ambiental de São Carlos?

Ruim, Ruim...

O pior é que nem ser oposição eles sabem...

MEDO

A oposição em São Carlos tem medo de ser situação, pois não saberia o que fazer com um governo nas mãos.

TOSCO

Guerra de outdoor só é pior do que a famosa batalha de saquinhos de água que ocorria no Álvaro Guião dos anos 90. Hoje o ensino é tão ruim e os alunos parecem que ficaram tão alienados que nem esta saudável travessura de verão eles fazem mais. Agora é só chapelão, calçona, brincão...coisinha feia...

UM DEMOCRATA

Logo eu, uma pessoa tão boazinha, foi atacado verbalmente por deliquentes verbais virtuais. Rá, rá, rá.....nem durmo de medo de vocês! Burros e incompetentes!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

NÓS TEMOS

Yes, nós temos a Juma Marruá do Cidade Aracy em São Carlos.

LÁ VEM....

São Carlos está prestes a ganhar mais uma putaria social....é putaria, mas será social....

SUPER BONDER

Dizem que depois das declaraçoes de Altomani dizendo apoiar Bragatto e Azuaite para estadual, nem Jesus salva mais o PSDB local, somente uma boa dose de Super Bonder. Aí..sim...

POUPATEMPO

Lá vem o Poupatempo, será? Tomara que sim.

TOSCO

Dizer que o Newton Lima vai ser candidato a deputado estadual é pior que encoxar a mãe no tanque.

NUM GÜENTO...

É uma inveja doentia...dessa pessoa tão simpática que sou eu....huahauhauahua!

AMIGUINHOS

O gozado é alguns coleguinhas de imprensa que nem sabem fazer o ó com a bunda estão todos dodóis porque este jornalista tem personalidade. Como hoje tô meio "besterento", queria dizer algo pra eles: "FODAM-SE!"

SIM, NÓS TEMOS A CÂMARA!

A Câmara quer homenagear a imprensa. Será que não tem um repórter bocudo pra dizer: "Num carece dessa puxaçao de saco!"

UNIÃO ESTÁVEL

Em São Carlos almoço amoroso tem presença de cantor famoso.

VOLTEI

Desculpem zabreiros, mas eu voltei. Depois de um tombo na Episcopal que quase me matou, tô de volta.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A imprensa de São Carlos por ela mesma...

Vaidade das vaidades, tudo é vaidade, diz o livro do Eclesiastes na Bíblia Sagrada e no meio jornalístico não é diferente, ao contrário, este é o local onde as vaidades pessoais são mais exacerbadas justamente porque quando as pessoas exercem cargos de comando deixam aflorar sua pequenez e imodéstia em nome de projetos pessoais que não contribuem com nada para a informação ou o crescimento dos veículos onde trabalham.
Reformulações ocorrem diariamente na imprensa nacional e até na pobre imprensa são-carlense e regional, elas são gráficas, muitas vezes alteram padrões, porém jamais modificam o conteúdo do que é passado para as pessoas. É preciso rever conceitos e atitudes.
Os jornalistas, aqueles diplomados pelas “grandes universidades”, deveriam colocar o rabo no meio das pernas e passar a entender do local onde trabalham, da cidade onde estão, do rio que corta a aldeia de cada um, como disse o poeta. De que adianta posarem de grandes cosmopolitas se não sabem o que se passa debaixo dos próprios narizes?
A imprensa é muito mais que um banco universitário, a imprensa serve para informar, ser veículo social de modificação da estrutura capitalista, embora quase todos os veículos sirvam aos interesses da classe dominante. Entretanto, com o advento das mídias sociais, a imprensa saltou para outro patamar, onde quem busca informação tem a oportunidade de discernir sobre quem é ou quem não é bem informado e em São Carlos isso não é diferente. É cristalino como água...
A arrogância de parte da imprensa local reflete apenas um monopólio mal construído de anos de vácuo que imperou na cidade e que se tornou conveniente para a classe política local, pertença ela a qual tendência for. Cabe ao cidadão ignorar este tipo de informação e buscar aqueles que realmente tem compromisso com sua casa, com sua rua, com seu bairro, ou seja, que está in loco, vendo a realidade e testemunhando as mazelas da cidade para todo mundo.
Neste aspecto, o crescimento dos sites de informação em São Carlos é uma resposta à mídia tradicional que é refém da vaidade desenfreada de alguns jornalistas que ainda estão na época de “conservar” o seu prestígio, algo claramente burocrata, para não dizer “burrocrata”.
Por meio da informação com cunho social, límpida, on-line, sem juízo de valor, quem está conectado ao mundo virtual pode entender o que realmente se passa na sociedade são-carlense e passa a ter a opção de transpor essas informações para sua realidade. Temos agora a oportunidade de falar às claras, sem intermediário para quem nunca gostou de ser informado apenas com a prepotência dos que se julgam donos da notícia.
A mídia são-carlense passa por um processo de limpeza, porém ainda temos muita gente que se apequena diante da evolução de outras pessoas que descompromissadas com o caráter tradicional da informação e que conseguiram bater em outro nível de trabalho. Isso incomoda, agride e até oprime quem simplesmente ainda não descobriu a receita para fazer um jornalismo digno e de verdade.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A retórica equivocada da candidatura única em São Carlos

Em São Carlos os políticos falam sempre em unidade em suas candidaturas e no “pensar na cidade” quando chegamos em tempo de eleição. É comum escutar da boca de quem é emaranhado ao meio político que a cidade não pode ser atrapalhada e que a concorrência tem sempre que ser mínima possível para quem está eleito.
Ora, essa é a retórica de quem pretende se manter no poder ou é a favor do Status Quo e política não é isso. Infelizmente, para eles, o nosso sistema de votação e candidaturas permite o número de candidato que temos, permite inclusive em eleições majoritárias que tenhamos as nefastas figuras dos línguas de aluguéis, fato comum inclusive em eleições na cidade ou alguém se esquece do hospital em cima dos fios das torres de energia da avenida Grécia?
Não se pode pedir que tenhamos poucos candidatos. Essa retórica de poucos candidatos é simplesmente a demonstração crassa da pequenez política de alguns partidos na cidade que são grandes em nível nacional e nanicos no município ou dirigidos por gente incompetente que não sabe traduzir em votos a grandeza de sua legenda. Para conseguir votos quando são candidatos esses pseudopolíticos fazem acordo com Deus e o diabo e depois suam sangue para cumprir o que prometeram.
Estamos vivendo um momento de modificação das idéias políticas, apesar dos pesares, o projeto do Ficha Limpa foi aprovado na Câmara, mas terá dificuldades para passar pelo clientelismo e pela ficha suja de muitos senadores.
Aqui em São Carlos ainda vemos candidaturas saindo para a eleição simplesmente com a intenção de “atrapalhar os outros”, pois o meu partido não consegue viver em harmonia e onde não existe unicidade de idéias, a política não poderá florescer com maior força e se transformar em frutos no futuro. Em São Carlos, muitas legenda não são agremiações plurais, mas feudos de alguns que jamais largam o osso.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

É....

A moça do MEC que esteve em São Carlos nesta segunda-feira pelo menos tinha um "jeitão" de simpática. Não vamos dizer que era aquela coisa estrambólica, mas perto da média...

CONSTATAÇÃO

Em São Carlos falta criatividade pra situação e inteligência pra oposição.

OS MEUS CABELOS....

Dilma Rousseff anda lembrando Dedé Santana com aquele seu "cabelo frito", como diria o Didi.

O SERRA FALOU?

O governador ou ex-governador Serra se considera de esquerda? E o Neymar, será que vai pra Copa, Arnaldo?

CAOS

Eita povo maldoso, mas dizem que o médico formado na UFSCar será "CAOSOLOGISTA". Especializado em bagunça...essa foi podre...

BANGU DO ZUZU

Azuaite França está deixando os pássaros do poleiro inferior em polvorosa com essa sua tática "super bonder". Explique-se, ele tenta grudar Melo e Altomani.

SURPRESAS

Você espera alguma surpresa na lista de amanhã do Dunga? O PSDB de São Carlos sempre espera surpresas nas eleições pra prefeito por aqui...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

É VERDADE!

Não ouça Fábio Jr, o cara canta mal pra burro...!

PRO INFERNO!

Economize tempo. Se você não tem nada para dizer: apenas fique quieto.

PERGUNTA

Por que 90% dos políticos são frescurentos?

FRASE DE CAMINHÃO

Na rodovia Cândido Portinari nesta quinta-feira, 6, tinha um caminhão com a seguinte frase na traseira: "Se a galinha for boa, o pinto nunca falha!"

QUE BELEZA

Perfeccionismo não constrói numa relação, seja ela, de trabalho, amorosa ou de amizade. Apenas implode mais rápido a convivência.

DIFERENÇA

Será que o eleitor brasileiro aprendeu a diferenciar as propostas que estão sendo colocadas na mesa nesta eleição. Faço votos para que já tenha conseguido.

PALHAÇADA

Pra mim esse negócio de inaugurar, de novo, Restaurante Popular é algo que não "desce" por minha garganta.

NÃO DESLIGUE O RÁDIO

O presidente estadual do PT, Edinho Silva, deu entrevista nesta sexta, 7, para a DBC FM onde contou sua vida, desde o Jardim Imperador em Araraquara até a presidência do partido. Se ele foi prolixo como costuma ser, sua entrevista acabará provavelmente em setembro.

SECTARISMO

Isso nos coloca sempre numa posição sectária, ou seja, quando achamos é possível, quando não achamos ninguém brinca mais. Sinceramente, este tipo de coisa é algo que não consigo compreender e o mundo tá cheio disso.

CALDO DE GALINHA

Prudência é bom, canja de galinha não faz mal para ninguém, contudo covardia também derruba pessoas.

CONSTATAÇÃO

O pior em gente arrogante é achar que ela sempre é dona da verdade. Isso me irrita profundamente. Parece técnico de time de futebol que quando está ganhando por 1 a 0 coloca três volantes para segurar o resultado.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mundanos e covares

Para falar do sempre é necessário ter passado, sentido e sofrido. É assim que se moldam os grandes amores. Amar não é viver uma vida de açúcar, mas é doar-se, se encontrar no outro, entender suas neuroses e respirar por ele quando é preciso, carregá-lo nos instantes mais extenuantes.
É fácil amar quando se está no paraíso, na hora em que tudo vai bem, quando o bolso está cheio, entretanto, o amor termina quando não queremos mais nos entregar para o outro. Amor é entrega, sofrimento prazeroso e sem necessidade, apenas porque se ama...
Não somos acostumados a amar desta forma. Aguardamos o mais fácil, o amor de escola, de pegar na mão, de ir ao cinema, no bailinho, queremos somente este amor, o fácil, o insosso.
A vida não pode jamais ficar sem gosto, senão para quê o sangue corre em nossas veias? Se deixarmos de viver intensamente de que adianta ser feliz na mediocridade? Vale mais um segundo de felicidade plena do que a eternidade de prazer medíocre.
O dilema de nossa vida é que queremos sempre o bem estar e com ele todas as outras benesses possíveis. É o ter, o mais, o poder. Nunca pensamos que existem os outros, aqueles que são menores que nós em corpo, porém muito maiores em espírito.
Podemos ser médicos de almas, de sonhos, de homens, mas precisamos ser médicos que curem o nosso interior primeiro para estando em paz com nossa consciência termos a capacidade de andar por esta Terra dando um sinal de esperança para quem já desanimou.
Nos dias atuais não é fácil encontrar a verdadeira luz no meio de tanta ilusão, de tanta treva, de um ódio sobrenatural que faz com que homens se digladiem sem nenhuma razão. Mas era assim também no passado, afinal ele já foi presente. Os homens mataram no passado por nada e hoje repetem a mesma história como uma ópera que sabemos como terminará.
A humanidade é terra seca, precisa ser arada, mas não pode ser arada por inteiro e de uma vez só, justamente porque não tem tantos agricultores para isso ao mesmo tempo. A videira tem seus ramos e é fundamental fazê-los permanecerem unidos, coesos na mesma idéia, na mesma expectativa.
Somente homens que são capazes de ver o futuro na doação é que poderão brilhar como fonte de esperança para quem precisa. Da treva virá à luz, pois a luz é eterna, nunca se apaga, por mais que tentem, a luz rompeu a morte e nós sabemos disso e somos testemunhas, apenas não queremos assumir essa missão como nosso ideal de vida. Como somos covardes, não?

AÍ...SIM!

Airton foi sábio: garantido mesmo, tenho dois votos: o meu e da minha mãe!

40 MIL?

Airton diz que o Kassab arrumará 40 mil votos para ele em São Paulo.

COMBINAÇÃO

O Airton só esqueceu de combinar com o Lobbe essa história de estadual, não?

INSINUAÇÃO

Lobbe poderia ser candidato a estadual. Airton disse nesta segunda-feira, 3 de maio, que o DEM não lhe dá legenda para estadual, mas que Lobbe, já eleito federal duas vezes, faria uma "revolução" como deputado estadual. Inteligente este Airton, não?

NÃO ARRUMA NADA!

Lobbe não arrumada com o Serra. Essa frase foi dita pelo pré-candidato a federal pelo DEM, Airton Garcia. O que será que Lobbe Neto acha disso?

domingo, 2 de maio de 2010

PODEM CHORAR

Nossa audiência só cresce a cada dia. Parafraseando o mestre Paulo Henrique Amorim: BYE, BYE, PIG São-carlense 2010!

PAUPÉRRIMO

Tem político em São Carlos que quando mostra sua declaração de bens simplesmente não tem nada em seu nome, porém usa camisa Polo Play, perfume Azzaro, sapato Opanaken e calça da Levis. Sem dúvida, vestimenta de gente pobre e perseguida!

BOCA QUENTE

Dizem que aqueles deliciosos churrascos já estão acontecendo no Varjão todo o sábado. O pessoal tá esbaldando na chuleta!

MANIA

Carlos Martins, uma pessoa de tão fino trato, adora dar finos esporros em seus desafetos. Deus nos livre disso...!

TANQUE CHEIO

Um dos funcionários da secretaria de comunicação afogava as mágoas na última sexta-feira na gloriosa Casa do Café. Tomou todas e mais um pouco...

FANTASIA

Dizem que para votar o projeto do Broa, os vereadores de São Carlos vestirão calção de banho. Faltará apenas a piscina plástica no meio do plenário.

AGORA

E o que mata nas moscas é a vontade rodear os políticos.

AQUI

O que mata nos políticos são mas moscas que os rodeiam.

EU NÃO PRESTO

Recebi um e-mail de um internauta dizendo que eu não presto por ter escrito artigo onde defendo as posições do presidente. Pode até ser que eu não preste realmente, mas essa pessoa que me escreveu jamais lerá algo de meu punho defendendo, por exemplo, o Paulo Maluf.

sábado, 1 de maio de 2010

IGUALZINHO

O mesmo acontece com o quércismo. Aliás, Quércia depois que foi governador nos anos 80 não ganhou mais um pleito. Tenta, tenta, tenta, parece até um político de São Carlos bastante conhecido...

DECADÊNCIA

Ainda bem que o Malufismo é um fenômeno decadante e que está franco desaparecimento em São Paulo, apesar do mesmo ainda ser deputado federal. Mas hoje ele não consegue por exemplo ser candidato ao governo do Estado, coisa que sempre o colocou na mídia.

QUE ORGULHO!

Se orgulhar e dizer ter Maulf como mestre na política: esse Celso Russomano é corajoso, hein?

SABEDORIA

Diz a sabedoria popular que cachorro mordido por cobra tem medo de linguiça. Sendo assim, Edson Fermiano já se prepara novamente para a presidência da Câmara Municipal. Vai indo bem....

EU SOU O PAPAI

Aqui em São Carlos as coisas nunca deixam de estarem iguais. Quem não fez nada e sempre quis aparecer continua não fazendo nada e querendo aparecer do mesmo jeito e ainda tem a cara lavada de ficar enchendo o saco dos outros como se fosse o maio amigão. Que lástima!

PONTAS

Segura as pontas quem for contra o Lula, porque ele tá numa fase...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

RESSURGIDO

João Vitor Rosa Jr, o Vitinho, que agora morre de amores por Ibaté, estava por lá também. Representava o reluzente Zé Parella, prefeito de Ibaté.

UNIÃO

Aliás, PT e PSDB se uniram no momento de comer. O café pomposo servido no evento foi devorado pelo pessoal dos dois partidos. Até ex-secretário do governo Melo compareceu ao evento.

CONFUSÃO

As pessoas não sabem mais quem é Lobbe Neto e quem é Mariano Garcia. Os dois são iguais...

ARMISTÍCIO

Lobbe, Barba e Xico Graziano foram muito cordatos em seus discursos. Nem parecia que o PT e o PSDB estavam dividindo o mesmo palanque. Foi tudo em prol do verde, mas do verde de verdade, como aquele lindão da camisa do Palmeiras!

PLEONASMO

Airton Garcia comparece a inauguração da agência ambiental de São Carlos. Será que o mundo acaba amanhã? Perguntar não ofende...

Afinal, nem estamos em 2012...

PÉ NA COVA

Pior que o release do coveiro da Prefeitura foi um que falava de um carnavalesco que ainda nem festejou no carnaval temporão que ocorrerá num país distante do Brasil. Como diria o locutor Milton Leite: "Que fase, hein?"

quarta-feira, 28 de abril de 2010

DO RAMO?

O vereador Julio César, do DEM, é do ramo...

MAIS UMA

Quem também foi derrotado na justiça é o ex-prefeito Dagnone de Melo. Transitou em julgado um processo sobre contratação de cargos de confiança e agora ele terá que recorrer a uma ação rescisória para tentar derrubar este acórdão e recuperar os direitos políticos perdidos com essa decisão judicial. É a justiça sempre aparecendo com suas decisões quando ninguém espera...

TUCANOS DO MICROFONE

O nosso debate radiofônico não poderia ser melhor: tão defendendo o ministério da (in)segurança do Serra. Vai ser tão competente quanto a polícia de São Paulo...rá, rá, rá!!!

ELE QUERIA?

Na verdade, dizem que Airton queria mesmo era marcar sua posição como anti-PT, mas isso pode ter um preço ao próprio empresário, porque o pau que bate em Chico também bate em Francisco.

DECEPÇÃO

Acho Airton Garcia um político, ao seu estilo, inteligente, mas era claro como água mineral que essa história do outdoor contra o PT acabaria em decisão judicial desfavorável para o empresário do DEM.

TEMPO

Corrido, muito corrido, mas voltamos para nossa vaca fria, aqui na zabra! E a coisa tá fervendo na política local.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

POR ONDE ANDA?

Cadê o secretário de saúde? Ele tem santo forte, hein?

FAÇA-NOS UM FAVOR

Avisem pra diretora que deu a entrevista na Intersom FM falando da reunião dos funcionários que horário de expediente de atendimento do povo não é horário de reunião. Que draga, não?

E O PREFEITO?

O prefeito Barba será que anda ouvindo as emissoras de rádio? Dio mio, pra onde esse mundo vai. Logo, logo, vem aquela famosa manchete radiofônica: "A saúde está na UTI"