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sábado, 18 de setembro de 2010

Quer se doar?

Um filme que assisti neste sábado no HBO mostrou o que são as decisões, especialmente quando se tratam sobre viver e morrer. Uma menina doente que prefere morrer para libertar sua família de um fardo pesado demais que é a sua própria doença e uma mãe que de todas as formas age para não entregar os pontos, porque para ela perder a vida da filha é perder a própria vida.
A mãe passou a viver na filha, a filha passou a viver na irmã, que foi um bebê de proveta nascido para doar todo o tipo de linfócito, cordão umbilical e até mesmo um rim para tentar salvar a irmã, porém a discussão neste momento recai sobre a ética do que homem pode ou não pode fazer com seu futuro, com sua vida. O homem pode sim, inclusive, escolher morrer. Mas o homem não deve brincar com a vida alheia.
A menina que morreu de uma leucemia raríssima escolheu viver no pensamento de sua família e dizia sabiamente que uma outra vida lhe aguardava num outro lugar, uma luz a esperava junto com o seu namorado que também tinha partido para essa jornada especial vítima da mesma doença.
Enquanto viveu, a menina doente sugou, mesmo sem querer, a vida da sua família, mas o que dizer da própria mãe? Uma mãe jamais quererá ver um filho partindo, é como diz o adágio: uma mãe nunca deve enterrar seu próprio filho, por mais que ali esteja apenas o seu corpo, já que o seu espírito está tão longe que nem podemos imaginar onde ele se encontra.
A lição que deveríamos tirar dessa nossa vida pacata e muitas vezes letárgica é que nos acomodamos como o administrador que depois usou da esperteza para ficar bem com seu patrão, como disse Jesus, “não se pode servir a dois senhores”.
Confesso que em muitos momentos sou fraco e não sei a qual senhor devo servir, para que mundo devo olhar, para quem devo recorrer, mas isso não é porque Deus não está aqui, Deus está em todos os lugares, Deus é um sentimento e uma realidade, Deus é um toque, um pensamento positivo, uma vida que se refaz, um sim dito com toda a força para o mundo. Esse é o verdadeiro Deus que não castiga, mas apenas nos ama.
Aqueles que ficam neste mundo por pouco tempo deixam-nos exemplos que são importantes demais para passarem desapercebidos por nossas vistas. No caso daquela família que perdeu sua primogênita com tanta rapidez ficou o exemplo da caridade da meninota doente que soube se doar em favor da sua própria família. Se nas drogas existe o tal “barato”, podemos dizer que a “doação” pelos outros é um barato que nos dá mais força ainda, algo que vicia, mas que é bem difícil de se praticar.

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