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segunda-feira, 28 de março de 2011

O tudo que é você

Eu ainda não aprendi a te esquecer, pois é impossível fazer isso. Não faz parte da minha vida ficar sem a tua respiração, sem ver a tua pele clara pela manhã e seu olhar doce correndo pelo meu corpo. Porque acordar ao teu lado é como estar no céu contando todas as estrelas e vendo os anjos passeando e brincando de ser feliz.
As vezes temos pouco tempo para podermos curtir momentos abençoados, isso deveria ser diferente, mas o tempo insiste em não querer que isso aconteça, ainda não sei por qual motivo. Se é apenas um capricho ou um traço de inveja, mas o fato é que ele sempre nos atrapalha. Mesmo assim continuo te amando, na certeza de que você é o meu memorável tudo, a mão que me segura e afaga por toda a noite. Quero te sentir de perto, junto comigo.
Para que buscar outras águas se tenho em seu peito o meu porto seguro, o local de repouso tranquilo onde jamais terei qualquer sobressalto? O teu semblante me acalma, me reanima e diz qual o caminho que devo seguir. Não posso te chamar de outra coisa, senão de alegria dos meus dias, pois é isso que você representa. Seus lábios tem um sorriso marcante, mas ao mesmo tempo suave como uma flor desabrochando, como aquela gota de orvalho que cai da folha pela manhã.
Nunca pensei que poderia amar tanto uma pessoa, mas não consigo deixar de respirar você a cada segundo, dói demais ficar longe de você, não sentir o seu calor é uma tortura das piores do mundo, é por isso que um simples eu te amo não me contenta, pois quando estou falando de você é preciso sempre procurar dizer mais e fazer o impossível, afinal o tudo para você é pouco. A minha alma está tão dentro da tua que certamente por onde você estiver, nossa respiração será única. Não consigo te esquecer.

sábado, 5 de março de 2011

Uma crônica sobre o carnaval

Fiquei pensando se os carnavais de ontem são iguais aos de hoje. A conclusão? É claro que são. A festa nunca passa, não muda, tem sempre o mesmo significado,mas o que realmente muda são as pessoas, a maneira de brincar o carnaval, de se esbaldar na folia, de viver um tempo onde se pode tudo.
O carnaval deveria ser um período mágico de aproximação das pessoas, de vida em plenitude, onde todos se encontrariam em nome da alegria, do amor, do afeto, mais uma oportunidade da humanidade se congregar. Porém, o homem com a sua maldade- quase que natural- conseguiu perverter até a ilusão do carnaval. São as popozudas, as lacraias, as melancias, os bailes funk e outras invenções midiáticas que ganham as páginas dos jornais durante o reinado de Momo. O sexo, algo natural e bonito, foi elevado à categoria de perversão, de simples curtição, sem aquele significado especial.
A festa do carnaval, insisto, continua a mesma, porém em nome do politicamente correto mudaram até o gordinho do Rei Momo. Pode uma coisa dessas? O Rei Momo ser magrinho por causa da saúde?! Estamos vendo os valores sendo pervertidos, não que eu defenda a obesidade, mas onde está o lúdico de quem vive o carnaval?
Os próprios desfiles de escolas de samba são uma grande competição, as transmissões de TV que são profundamente chatas querem dar um caráter técnico que o carnaval não deveria ter. Despejaram o carnaval no meio do caracol da indústria cultural e o transformaram apenas em mais um período do ano com algumas festividades.
O verdadeiro carnaval está nas ruas. Os blocos é que deveriam desfilar por aí e fazer a alegria da galera. Em São Carlos nem carnaval de salão que era tão bacana se tem mais. O que aconteceu com a festa? Os clubes só querem dinheiro? Sou do tempo em que a banda Falso Brilhante começava a tocar na Abasc no famoso “Grito de Carnaval” e só parava na quarta-feira de madrugada. Era um tempo bom onde os bailes ainda faziam a alegria da moçada.
Confesso que não gosto muito de trio elétrico. Sempre achei um saco ficar observando o povo cantarolando essas músicas muitas vezes sem pé e nem cabeça dos axés da Bahia, mas tem gente que acha bacana. Seria tão bom se os blocos se espalhassem pelas cidades brasileiras com as marchinhas famosas, as fantasias tão legais. Numa analogia, o Halloween americano nada mais é que um período de carnaval na terra do Tio Sam onde as pessoas se fantasiam e soltam sua imaginação. Por isso gostaria neste carnaval de ser dono de uma máquina do tempo onde pudéssemos voltar para a época do “abre-alas” de Chiquinha Gonzaga para vivermos um sonho que nunca irá se apagar, falta romantismo. O carnaval é o período do sempre, onde a Terra do Nunca dá as mãos para a fantasia do agora. Saibamos viver isso com tranqüilidade.