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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Mundo Sufocado

Quando nos sentimos sufocados o que devemos fazer? Chorar? Gritar? Desabafar de que forma? Você já reparou na gama de situações que podem diariamente matar sua liberdade, seu direito de ser feliz e a sua capacidade de tentar construir um mundo melhor?
Talvez o grande exemplo disso seja o nosso ambiente de trabalho e também a nossa própria casa. Por muitas vezes passamos pelo sufoco de uma situação constrangedora exatamente porque nascemos para suportar outras pessoas e viver em função delas. Mas isso realmente vale a pena? Só vale, se tivermos a exata noção do sacrifício que estamos fazendo nestes dias tortos e de pessoas curtas de emoções.
Normalmente não ganhamos um aceno, um gesto ou uma palavra que indique satisfação com o desempenho que tivemos. Para o homem não é fácil conviver com críticas, ser destruído sentimentalmente todos os dias nos ambientes onde ele mais permanece é duro demais, isso é uma carga que poucas pessoas podem levar nos ombros e que muitas vezes nos instrumentalizam loucuras capazes de nos transformarem em verdadeiros monstros sociais.
Falta ao nosso espírito um pouco de leveza, de clareza, de entendimento das situações. O mundo de hoje é extremamente materialista e valoriza soluções práticas que muitas vezes parecem as mais convenientes, mas que na verdade são apenas paliativos para uma dor que não termina.
As pessoas de hoje cultivam a truculência, o ódio e a competição como formas de expressão mais do que consagradas na busca de postos mais elevados no status quo em que habitamos.
Ainda podemos vencer, porém para que isso aconteça será preciso modificar nossa atitude. Temos que criar condições para que sejamos capazes de enfrentar de peito aberto as dificuldades que as pessoas nos impõe diariamente.
Se você estiver se sentindo sufocado, pare o que está fazendo, olhe para o céu e perceba: de que vale tanto sofrimento? O mundo poderia ser bem melhor se vivêssemos numa sociedade fraterna, vamos começar a colocá-la em prática neste Natal? Só depende de nós...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Pessoas ignorantes

O que faz as pessoas ignorarem as outras nos dias de hoje? Gestos simples são esquecidos porque estamos presos a vidinha cotidiana que escolhemos para nós mesmos, perdemos a capacidade de transcender, de ir além, de sermos um pouco mais humanos que o nosso limite, de demonstrar o amor que nos moveu um dia. Mantemos a vida cotidiana sustentada por um bando de aparências vazias que nem mais queremos cultivar. Somos hipócritas.
Mas ao longo dos anos a nossa vida se acomodou com essas condições, situações e não há mais espaço para a dúvida, para o desejo de mudança. A nossa vontade foi sepultada pelo dia a dia que muitas vezes é mal vivido e celebrado como uma odisséia miraculosa, mas que não tem o poder de nos renovar.
Romper é a solução. Mudar, extravasar, dar oportunidade para sermos incisivos e verdadeiros, dar asas para nossas ilusões mais secretas, mesmo que elas nos revele uma criança que ainda mora no âmago dentro nosso coração é a saída. Ser inocente, crer no impossível, deixar aquilo que é comum de lado, muitas vezes pode fazer bem. Negar um aceno, um sorriso, um gesto que seja dos mais simples pode significar continuar concordando com um sistema que só oprime, degenera e nos torna cada dia mais imperfeitos.
A coragem não é uma virtude humana, para ser ter coragem é primordial estarmos conectados com o divino, com o imortal, com aquilo que nos formou no início dos tempos e que nos move até hoje como humanos exploradores nessa jornada infinita por este mundo.
Mas parece que as pessoas não querem mais ter coragem, elas apenas preferem continuar sendo parte de uma humanidade acomodada que se esconde em suas casas, por trás dos seus vícios e situações que consideram perfeitas; elas não refletem mais.
É o mundo dando vazão para a perversão do cotidiano. Os ousados quase nunca tem vez. O que podemos encontrar no mundo lá fora pode nos matar ou então já morremos antes por pura letargia, porém ainda não percebemos o nosso próprio fim.