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domingo, 28 de março de 2010

UMA SEMANA PARA PENSAR

Até quem não acredita em Deus, por mais que diga isso com convicção, no seu interior fica se duvidando da existência ou não do Criador. Afinal de contas, é muito pouco pensar que o mundo se resume apenas a essa vida na Terra.
Quando escrevo estas palavras estamos no Domingo de Ramos. Entramos na semana de agonia de Jesus, onde ele entrega sua vida, para mostrar aos homens qual o verdadeiro sentido de se doar.
Jesus, nascido entre os simples, no meio de animais, com pastores, podemos até dizer com os favelados, foi Mestre justamente porque nunca aceitou durante toda a sua vida o sistema de opressão imposto pela sociedade sobre as pessoas e que nós erroneamente apreciamos. Ao contrário, Jesus foi um grande revolucionário e nunca pegou numa espada, usou apenas aquilo de mais letal que o ser humano tem: o amor.
Foi o médico em busca dos doentes, não ficou encastelado em templos, palácios ou apegado em doutrinas e se negando a dialogar com as pessoas. Ao contrário, Jesus foi durante sua vida terrena a luz para quem precisava e continua sendo a força de quem é desesperado.
Com suas palavras e atos inverteu uma sociedade que massacrava as mulheres, mostrando a todos que ninguém poderia matar a adúltera, pois somos tão pecadores quanto ela foi, conviveu com prostitutas, a maior prova é Maria Madalena que depois ganhou novas funções devido à imbecilidade de Dan Browns e outros medíocres...
Em sua época, Jesus já havia dito que as crianças eram o futuro, o nosso maior tesouro e também nos alertou que nos dias de hoje muitos apareceriam dizendo que pregam em seu nome. De fato, Jesus acertou em cheio, e em todo lugar tem sempre alguém tentando tirar vantagem do seu nome, como e falar de Cristo fosse sinônimo de lucro, ao contrário, falar de Cristo é sinônimo de sofrer pelos mais fracos.
O gesto de morrer crucificado é tão importante quanto o de lavar os pés dos irmãos na Santa Ceia. Os dois são exemplos de doação, ser crucificado seria a mesma coisa de ser condenado à pena de morte por ter cometido um crime hediondo e lavar os pés dos discípulos é algo parecido com socorrer os que mais precisam, ou seja, quem tem mais deve dar mais para aqueles que necessitam e estão de mãos vazias, e quantos hoje abanam as mãos, não?
No mundo de hoje falta o espírito de Cristo, muita coisa mudou, não quero falar de valores, pois nem eles são os certos. Mas não se tem mais o compromisso de ser humano, de ver a face esplendorosa do bem reluzindo no rosto de cada cidadão. As pessoas atualmente não confiam mais umas nas outras, o companheirismo sumiu, o mundo pereceu. Será que Cristo foi derrotado?
Ao contrário, Cristo não foi e jamais será derrotado, pois sua mensagem é a árvore boa que dá frutos cem por um. Hoje, o que é mais difícil é encontrar pessoas dispostas a ser como São Paulo que despiu-se de sua vida para viver a vida com Cristo, assim como os demais apóstolos.
Numa conversa com um amigo, perguntei a ele sua opinião sobre as curas dos apóstolos. Disse-lhe que ficava sempre chateado por nossa incompetência e falta de fé ao tentar curar alguém. Mas a explicação que ele me proporcionou preencheu meu coração.
Ele lembrou que todos podemos fazer milagres desde que deixemos tudo para trás e não brinquemos de pregar a palavra e os costumes de Jesus. Foi uma cobrança feita de maneira direta e esclarecedora, enquanto não deixarmos nossas vaidades de lado, não poderemos viver uma vida em plenitude. A semana santa é o momento para que mudemos nossa trajetória de escuridão para termos mais esperança.

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