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quinta-feira, 25 de março de 2010

ESCRAVO DAS MENTIRAS

Uma reflexão que fiz diante do quadro de nossa sociedade, dos políticos, dos ladrões, da justiça, enfim do sistema que nos aflige:


Eu não queria conviver com as pessoas que não dizem a verdade. As mentiras cortam nosso coração, nos fazem amargos, derrubam nossa auto-estima e tornam nossas almas cada dia mais escurecidas, corroídas pela sua força que é brutal.
Não existe mentira boa e muito menos boa intenção mentirosa. O que existe é a oportunidade de estar num lugar, num momento, com as mãos em cima de algo que lhe dê poder. É o poder que pode ser chamado como princípio e base da mentira.
O poder interfere na consciência do homem tornando-o cada vez mais mentiroso, pois para avançar ainda mais nas suas entranhas, o homem precisa mentir, torturar seu semelhante e ainda dizer que está fazendo o bem por ele.
A mentira não tem pernas curtas, ela tem pensamentos longos, constrói-se em cima das fraquezas humanas, dos desejos mais obscuros das vantagens torpes, das alianças sem escrúpulos, da maldade exacerbada.
Ela é uma das pilastras que sustentam a nossa sociedade, pois sem ela o sistema não estaria estabelecido desigualando pessoas por classe como vemos hoje. A classe social é a maior das mentiras, é ela que quebra o senso de igualdade, humanidade e compaixão que existe nos homens, prevalecendo-se do que é frágil, daquilo que proporciona prazer e acima de tudo garante status quo.
É por isso que os homens de hoje brigam, pelo poder baseado na mentira, nas aparências, nos dizeres sem nexo, sem tempo, carregados de mágoas incomensuráveis. A sociedade é o templo, o receptáculo da pandemia da mentira que se espalhou pelo globo.
O monstro é alimentado diariamente, sua força fica cada dia maior, ao contrário da esperança que parece desaparecer do mundo. Fazer o bem custa caro, pede sacrifícios e nunca traz bônus para quem pratica, já quem é escravo da mentira sempre fica no topo da pirâmide social, domina tudo, é admirado por todos. São os guardiões da moral, uma moral que não é capaz de condenar quem engana os mais fracos, necessitados e carentes. É um mundo, quase sempre cão...

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