Este texto era para ter sido postado ontem no São Carlos em Rede, mas como não deu certo, coloca no ar hoje:
As mudanças são sempre bem vindas. Amanhã o outono, a estação dos namorados, do romantismo, do tempo da nostalgia, das folhas caindo pelos campos e das árvores se entristecendo com a caminhada para o inverno nos abraça, é o ciclo da existência mais uma vez se renovando na natureza.
É certo que mudar sempre foi o desejo das pessoas que nunca estiveram contentes com a sua vida e sempre sentiram que necessitavam galgar algo a mais, ter um motivo para seguir. O outono pode ser esse caminho, porque traz o exemplo da renovação, não como florescimento da primavera, mas como uma depuração, é a alma da natureza que se modifica e começa a gestar uma nova vida que será fecundada no inverno e nascerá na primavera. As estações do ano são simples, mas podem nos confidenciar muito de como este imenso mundo vive.
Elas simplesmente nos dão a convicção de que se pode buscar uma renovação, de que é palpável tentar agarrar um novo espírito, deixar o que é velho no passado e respirar os ares daquilo que é novo.
O novo pode dar medo, mas é desafiante. E é nele que mora nossa força para termos a legítima segurança de que somos capazes de abraçar as novas idéias que o outono nos apresentará.
Nunca paramos e refletimos sobre questões pequenas, como uma troca de estação no ano, estamos sempre preocupados com nossa família, com nosso trabalho, as finanças, as contas para pagar, os amigos, entretanto, é diante da pequenez dessas mudanças que vemos como é gigante o nosso desprezo pela reflexão desprendida, pela mente vazia, ocupada apenas pela paz dos nossos pensamentos, como se um anjo tivesse passado por nós.
Do nada vem a esperança, de onde existia o caos pode brilhar a nova vida, do que é pequeno e simples nasce o que é mais significante para a nossa realidade.
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