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domingo, 14 de março de 2010

O que te espera depois?

Para quem vive apenas a vida deste mundo vale a pena pensar: o que vem depois de tudo o que passamos por aqui? O Paraíso? Virgens? Um mundo onde teremos uma grande festa ou simplesmente o nada, o vazio, o vácuo, fim de linha, acabou, nada mais, fim de feira, zéfini?
Essa é uma das dúvidas que mais atormenta o homem moderno e sempre que alguém procura desvendar esses mistérios às teorias mais mirabolantes que se tem conhecimento são formadas. Isso ocorre, essencialmente porque o homem é um ser curioso e sua abelhudice normalmente termina em destruição, vide o modo como foram colonizados os países da América do Sul pelos europeus que ainda achavam, sem discorrermos sobre culpas e etc, que estavam levando civilização para os nativos.
Mas a busca pela verdade metafísica, aquela que nasce de saber se temos ou não alma é algo profundamente intrigante especialmente em tempos onde a ciência tem resposta para tudo, até para o inexplicável.
Se na Idade Média a religião era a ciência da época, hoje vemos a ciência ser a religião da Idade Média. Atualmente é chamado de “carola”, antiquado, ultrapassado e até (pasmem!) de palavrões mais pesados pessoas que possuam e que praticam uma religião, não importa o credo, sempre surge alguém com aquele sorrizinho no cantinho da boca dizendo: “Nossa, você faz parte desta religião? Vai nessa missa? Congrega nessa igreja?”
A moda agora, o que para muitos é o ápice da liberdade de expressão (estamos abafando!) é ter “um lado espiritual independente de religião”. É apenas um lado, pode ser o esquerdo, o direito, mas é só um lado. Um dia você pode acordar do lado bom e ascender uma vela para Deus e noutro dia pode acordar do lado mau e tocar fogo numa vela para o capeta, e por que não? Se a moda é ter um lado espiritual, portanto você estar em qualquer lado em cada dia é absurdamente comum. Até do lado do “Coisa Ruim”...., e daí?
É verdade, e das mais profundas, que temos seres humanos que não praticam nenhuma espécie de religião e que também são pessoas iluminadas, é um paradoxo, mas existem, afinal são humanos dotado do sentimento mais nobre que conhecemos que é o amor ao próximo e para isso não se precisa ter nenhuma religião para cultivá-lo. Basta apenas praticá-lo.
Agora, por que você que nem vai à missa, ao culto, ao terreiro, ao centro espírita, à sinagoga, à mesquita ou qualquer outro templo religioso gosta de gozar aqueles que praticam alguma fé? Será que não aprendemos nada com o nosso passado, quando deixamos as trevas da Inquisição perseguir quem fosse contra as idéias que estavam erradas e que vinham da Igreja? Ou com as pragas totalitárias do Nazismo e do Comunismo no século XX que mostram como se pode levar a intolerância para um nível exacerbado de clareza? Será que somos apenas instrumentos da religião do mercado financeiro que hoje tem milhões de fiéis por todo o mundo? São os servos do todo-poderoso cifrão!
A vida é para se aprender. João Paulo II, uma grande figura, independente de seus erros e acertos, teve a humildade de pedir em público perdão por tudo o que a Igreja Católica fez na Inquisição. Nazistas e Comunistas ou especuladores da Bolsa tiveram essa nobreza de espírito? Basta ver a tal da crise internacional que passou. Pedir desculpas queimará os erros cometidos e as vidas ceifadas no passado? É evidente que não, mas o perdão proporciona renovação de espírito para quem acredita nele, o perdão constrói laços, une corações e mentes, porque é justamente ele que ilumina o caminho para onde vamos depois que deixarmos este mundo. Portanto, vamos sempre nos perdoar, para que nossa vida não seja guiada pelos mais agraciados mistérios da intolerância, se é que ela consegue ter alguma graça.

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