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domingo, 4 de abril de 2010

ESTOU EM DÚVIDA

A dúvida faz bem para o homem. Duvidar aguça sua curiosidade e pode fazê-lo mais perseverante na busca por encontrar (ou não) a verdade. A dúvida é como um encanto que recai sobre a mente humana. Ela não sai, martela, atormenta, agoniza em nossa cabeça pedindo diuturnamente uma solução. A dúvida é mordaz.
Duvidar é benéfico, inclusive para os réus, eles sempre gozam desse benefício. É possível, até prudente, duvidar realmente se você ama ou não determinada pessoa. Não faz bem para ninguém se unir a alguém com dúvidas em seu coração.
Como uma flecha, a dúvida acerta um outro alvo bastante frágil que temos: a fé. Nossa fé é tão duvidosa que não sabemos reconhecer o que pode ser divino. Muitos duvidam da existência do Ente Criador de Tudo, o Deus Supremo, justamente porque não o viu, assim como duvida do diabo e de suas peripécias.
O diabo, por sinal, é não saber se o diabo também existe, afinal não é de se duvidar que vemos tanto obscurantismo pairando sobre a humanidade. Ao longo da história humana, a dúvida moveu nossa raça, foi ela a mola propulsora para a evolução da sociedade sob o ponto de vista do saber “se é possível ou não” chegar mais longe. Barack Obama jogou uma dúvida na cabeça dos americanos, os desafiou: “Yes, we can!”
A dúvida pode ser comparada à gasolina. Se acabar no motor, o carro não anda mais. Se a dúvida deixar de existir, de nos incomodar, de colocar a pulga atrás de nossa orelha, esta humanidade talvez não tenha mais motivo para existir e se organizar como a conhecemos no presente momento. Seria como ficar “sem o chão”.
Entretanto, é muito mais fácil dizer e duvidar da existência da bondade nas pessoas, do que da maldade. O mal é mais fácil de ser praticado, quando alguém o conhece e prova seu gosto enganador não tem mais “dúvidas” de que aquilo lhe faz “bem”. Vide os exemplos que temos na história da civilização moderna.
Por outro lado, promover o bem é uma tarefa pequena, que quase não traz resultado, pelo menos não faz estardalhaço como o mal quando consegue uma vitória. O bem é discreto, nem liga se estão duvidando ou não dele, afinal ele não cobra nada para existir, simplesmente está lá, esperando alguém o assumir para fazê-lo. A dúvida de quem faz o bem é saber se o está fazendo de maneira agradável. Não existe bem demasia, mas existe dúvida em qual tipo de bem precisamos atualmente. Diria que estamos sedentos por bem a qualquer momento da história, que a vida depende de podermos construir um projeto alicerçado nele. Não é fácil, muitas dúvidas surgirão em nosso caminho, mas recorde-se de que a maldade se beneficia sempre do tipo de dúvida que está em sua cabeça. Duvide sempre de você mesmo...

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